Conversando sobre crianças

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Pais e educadores acabam tendo muitas dúvidas sobre o desenvolvimento infantil e quais as atitudes a serem tomadas quando identificamos dificuldades ou comportamentos a serem corrigidos. Abaixo vamos abordar alguns tópicos, que são bastante comuns no dia a dia dos profissionais, e fazer algumas reflexões sobre estes.
– Ausência de limites: o desrespeito às regras e limites é uma queixa muito comum, tanto por parte da família quanto da escola, alguns pais conseguem perceber isto e por si só tendem a mudar sua atitude perante os filhos, outros não conseguem ver ou admitir que algumas dificuldades estejam ligadas quase exclusivamente à ausência de limites, de regras e de parâmetros que as crianças tenham consciência que deva ser seguidos e que sejam cobradas quando isto não acontecer. Deixar claro quais são os limites do que a criança pode fazer é ensinamento para toda vida. Não é preciso ser agressivo para impor limites, mas, ser claro com os filhos sobre os papéis que cada um ocupa na família e ajudá-los a entender as frustrações de não poderem ter ou agir, sempre, quando e como desejam.
– Ansiedade: a ansiedade é uma das queixas mais comuns e presentes nos consultórios. Crianças, jovens, adultos e idosos sofrem deste transtorno que pode levar ao surgimento de vários outros problemas. A ansiedade, em um determinado grau, é normal e está presente em todos nós. A ansiedade que altera a rotina e o desempenho da criança, levando-a a ter dificuldades de se controlar, agir impulsivamente e prejudicar o seu desenvolvimento não é normal e deve ser orientada e tratada. Como observação, vale lembrar que pais ansiosos ou ambientes agitados e desorganizados podem gerar ou piorar este quadros de ansiedade.
– Insegurança: a insegurança é a falta de confiança em si mesmo, é o medo de fazer e errar e, assim, deixar de tentar. Nos casos de insegurança, a criança fica dependente de reforços externos, que vai da necessidade do incentivo constante até a presença de uma pessoa específica de confiança da criança. A insegurança extrema faz com que a criança não desenvolva seu pleno potencial e ainda se limite em relação às vivências da infância, como freqüentar a casa de amigos, participar de festas, sair em passeio com a escola ou até mesmo se recusar a freqüentar qualquer ambiente sem a presença da família.
– Dependência materna (ansiedade de separação): algumas crianças têm dificuldades para deixar a fase da dependência materna, que se inicia quando ainda são bebês e durante a qual são completamente dependentes em todos os cuidados que, salvo exceções, são exercidos pela mãe. Os filhos não conseguem desfazer o vínculo que os une à figura materna, se recusando a ficar sem esta em algumas situações ou, em alguns casos, em todas as situações do dia a dia. Deixam de ir à escola, ou não se adaptam a ela, e se recusam a permanecer em qualquer ambiente onde a mãe não esteja. Estas manifestações podem ser leves e a criança conseguir realizar algumas atividades ou paralisar completamente a rotina, causando grande sofrimento à família e a própria criança.
– A educação através dos exemplos: como é comum ouvirmos falar, grande parte dos comportamentos dos filhos estão diretamente ligados ao ambiente familiar e ao comportamento dos pais. Crianças começam a aprender através da repetição: repetem o comportamento que vêem e com os quais se acostumam, pois é o primeiro e único – até certa idade – que conhecem. A relação com os pais são os primeiros vínculos que a criança estabelece, nos quais confia e atribui toda verdade. O que eles fazem é o correto, então, como ensinar a uma criança não brigar com o colega se em casa ela assiste a brigas e discussões? Como ensinar uma criança a não falar palavras feias e respeitar as diferenças se ela observa outra atitude em seu ambiente familiar?
Por isto, muitas vezes dizemos que a ausência de limites, a ansiedade, a insegurança e até mesmo a dependência materna são frutos da forma como as crianças foram educadas e como aprenderam a se comportar. Portanto, para a criança, esta passa ser a forma correta. Aqui cabe, então, o bom senso dos pais em entender suas próprias atitudes e buscar ajuda e orientação para modifica-las quando necessário. Na grande maioria das vezes: bons exemplos, boa educação!

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