A história deste moço me comoveu.
A história de um jovem que viveu com a mãe e o pai quando ainda era pequeno – mas uma vida de sofrimentos, desânimos e tropeços. Passou fome e, se comia algo era porque remexia os latões de lixo das ruas à procura de alimento.
Enquanto passava momentos em casa, via a mãe casa, via a mãe cambaleando e exalando álcool, até que, por infelicidade sua, a encontrou esfacelada na linha do trem. Seu corpo inerte foi o seu fim e para ele, estava acabado o sonho de um dia ainda poder ser feliz.
De olhar tristonho, vagava pelo bairro sem esperanças. Depois de alguns meses, Joel assiste à morte do pai quando discutia e fora agredido na fúria e na disputa por um barraco no fundo do quintal.
Passado o tempo e desequilibrado mentalmente, ele se joga nas drogas, cai nos furtos, roubos e desentendimentos.
Viver por viver, ele toma este caminho por não ter um ombro amigo – e mesmo que o encontrasse, muito pouco era possível fazer. Em todos via o retrato do pai e da mãe e se vingar era o que mais queria.
De pedra em pedra, o crack tomou conta de tudo. Joel vai para a prisão e lá o ódio aumenta – em tudo e em todos o colocava ainda mais. Não tinha família – e porque não ter seus pais ao seu lado para amá-los? Mas pensava pouco na mulher que o colocara no mundo.
Cumpre a pena – numa saidinha, a sua primeira, Joel não retorna ao quarto revestido de maldade ali da cadeia.
Em suas andanças, ele queria se destacar e no encontro com pessoas que iam e vinham, segue-as embrutecido, olhar duvidoso, atitudes suspeitas, andar sem igual.
Tempo triste! Vida triste! Vivia ao léo e nada mais tinha a fazer. Melhorar não queria e isso nem pensava acontecer. Suas mãos se estendiam para mendigar e esta ação de doar lhe foi negada por muitas vezes ao dia, chegando a desmaiar de fome. Dormir! Onde? Como? Nem de dia e nem à noite tinha um lugar somente seu.
Mais uma vez o tempo passa para Joel e ele nem percebe – perceber como, se o sol e a lua não distinguiam o dia e a noite?
Hoje, conversando com uma vizinha, eu soube da morte, da sua passagem pela vida como uma pessoa sofredora. Que Jesus o acolha no infinito!
Joel vivera uma vida de crueldade – não teve a chance de se alfabetizar, de trabalhar, de ser feliz. Foi empurrando a vida sem ter tempo de a transformar diferentemente.
Droga?!? Porque sua existência? Porque tantos usuários? Como exterminá-la? Famílias inteiras vivem sem seus filhos – ela nunca poderia existir. Não coloque fim à sua vida. Da nossa vida é Deus quem sabe, e da nossa morte também.
“O impossível é uma questão de opinião”.
Se pelo menos sua mãe lhe fizesse companhia nada disso teria acontecido. Mãe é mãe! Quanta falta ela fez a Joel.
EFEMÉRIDES – 5 A 11/05
Dia 5 – Dia Nacional das Comunicações – Dia do Campo – Dia do Expedicionário e de Rondon.
Dia 6 – Dia do Pintor – Dia do Matemático – Dia do Taquígrafo e Catógrafo – Dia do Ex-Combatente (saudade do meu pai Américo Salvaterra, o ex-combatente de Monte Alto).
Dia 7 – Dia do Oftalmologista – Dia do Silêncio (Psiu!).
Dia 8 – Dia da Vitória – Dia Internacional da Cruz Vermelha – Dia do Artista Plástico – Dia do Profissional de Marketing – Parabéns Benê e Biga vosso aniversário. Abraços!
Dia 9 – Parabéns Alexandre Dias! Feliz aniversário. Abraçõs!
Dia 10 – Dia do Guia de Turismo – Dia da Cozinheira.
E, abraçando Tia Lourdes Abrão, abraço todas as cozinheiras de Monte Alto. Parabéns!
Dia 11 – Santo Antônio de Sant’Anna Galvão! Rogai por nós!
É maio – Parabéns Monte Alto!
Parabéns mamãe!
