Meu filho é precoce?

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Cada vez mais os pais procuram os consultórios médicos e os profissionais da saúde e educação com dúvidas sobre como entender e lidar com seus próprios filhos.Cada vez mais os pais procuram os consultórios médicos e os profissionais da saúde e educação com dúvidas sobre como entender e lidar com seus próprios filhos.Se antes a adolescência era uma das fases que mais provocavam conflitos e angústias nos despreparados pais, hoje esta diferença de etapa de vida não existe mais: as dúvidas aparecem desde a forma de lidar com bebês de alguns meses até jovens em idade de vestibular.O pai tem dificuldades de entender o que a criança pensa, porque pensa, o que fazer com este pensar e como orientar as inúmeras questões que surgem através das instigantes perguntas, geralmente não comuns para aquela idade.Uma das questões que mais aparecem na clínica nos dias atuais é a queixa, muitas vezes feita com “orgulho”, de que a criança é muito adulta, muito inteligente e esperta para idade e que faz e diz coisas que não são de criança. “Meu filho não tem uma maturidade maior do que a esperada para a sua idade?” ou “Meu filho não está com o desenvolvimento muito precoce?”.Podemos propor várias reflexões a partir destes pontos colocados acima. O primeiro deles é que as crianças estão, sim, cada dia mais precoces e espertas. Por dois motivos: o acesso e o excesso de informações que elas recebem de todos os meios de comunicação, a exagerada agenda de cursos extracurriculares e a ausência dos pais para intermediar tudo isto que vai sendo colocado para elas.A televisão, o computador, os games, a internet, todos os meios de divulgação são acessíveis à quase todas as crianças, senão em casa, na escola ou através das informações de outras crianças ou mesmo dos adultos que, despreocupados, tornaram-se mestres em manter conversas inconvenientes perto dos pequenos, como se estes não ouvissem ou fossem desprovidos de compreensão, mesmo que uma compreensão possível para a idade.Quando as crianças são sobrecarregadas de informações e não possuem um mediador para ajudá-las a definir o que acontece com cada situação vivida, vista ou ouvida, acabam por interpretar o fato segundo sua própria experiência, que geralmente é limitada e fantasiosa. Com tantas coisas invertidas acontecendo à nossa volta, fica fácil para a criança se confundir e, confusa, se mostrar insegura e ansiosa respondendo a estes sentimentos com sintomas como agressividade, medo e até dificuldades escolares antes inexistentes. Para tentar compensar esta quantidade de dúvidas que se desenvolve em suas cabecinhas abordam os adultos que, em completa falta de sintonia com as necessidades da criança, se surpreende com os questionamentos e fica sem respostas.A maturidade adiantada ou a precocidade do desenvolvimento emocional acaba sendo uma conseqüência do mundo moderno que diferencia as crianças de hoje – e claro que isto tem todo o seu lado positivo – mas, cria um novo problema: como ajuda-las a entender situações-extremas que nós, adultos, também nos questionamos? Como explicar para a criança que o adulto que deve amar e protege-la pode também engana-la, feri-la ou ate matá-la?E, então, a criança acaba tirando suas próprias conclusões e, quantas vezes, sábias conclusões! Entre elas, uma muito comum: “o mundo está todo errado”! E não é que está mesmo?Por estes motivos todos, cada vez mais pais procuram orientações e atendimentos para crianças cada vez menores e os profissionais da saúde e educação devem estar preparados e orientados para direcionar estes pais e diminuir o sofrimento dos conflitos que a vida moderna causa tanto para a família quanto para a criança.Conversar sempre com os filhos, discutir as dúvidas quando estas são trazidas, propor reflexões do que é certo e errado, insistir no respeito ao próximo e à diversidade, pregar a tolerância, resolvendo conflitos através de diálogos e também colocar limites quando a criança ultrapassa a linha do que deve saber e com o que deve se preocupar, principalmente, quando esta tentar resolver situações e problemas dos pais e de outros adultos, ajuda a administrar estas dúvidas e aliviar este sofrimento.E os próprios pais também devem procurar se entender e se posicionar em relação aos problemas diários que encontramos hoje como violência, intolerância, ausência de limites e desrespeito ao espaço alheio; estes são os primeiros passos para educar crianças mais saudáveis e que possam, realmente, se preocupar apenas em viver os pequenos e importantes conflitos de sua fase. Sejam elas precoces, ou não.

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