“Nenhum homem em sã consciência devia ser professor”

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“Nenhum homem em sã consciência devia ser professor”. Esta foi a frase de um professor nos Estados Unidos acusado de estupro por uma aluna. Tempos depois ele foi inocentado por não haver provas para a sua condenação. Esta notícia fez-me levantar alguns pontos sobre a docência exercida pelos homens no Brasil. Primeiramente não concordo com a frase do acusado. Como eu já disse em outras publicações e volto a repeti-la novamente, professor não se forma; ele nasce com a docência no espírito. Diariamente estamos expostos a vários riscos dentro e fora da sala de aula. Não sei como é a relação professor/aluno naquele país. Não sei o quanto os professores se empenham e nem sei como agem para se conquistar a atenção dos alunos. Uma coisa é certa e esta é universal – quanto menos contato físico tiver menos problemas teremos. Sempre tive uma boa relação com os alunos nas escolas que eu passei. Sempre fui do tipo brincalhão, porém tudo dentro de um limite. Professor tem que limitar o espaço que ele dá ao aluno e vice-versa. Uma aula dinâmica não significa liberdade com o profissional. Em tempos de questões exacerbadas da política é preciso mediar tudo o que se fala e o que se faz em sala de aula. As indiferenças foram vencidas. As piadinhas de mau gosto já não caem no gosto dos alunos. Há uma limitação em tudo. Principalmente quando se trata da posição da mulher na sociedade. Temos que explanar os dois lados da moeda – o hodierno e o histórico. Este não tem como evitar; aquele tem que ter suas limitações e mediações. Ser acusado de um crime que não praticado afeta toda esta estrutura de professor/aluno. O profissional já não acredita mais que a educação vencerá as batalhas por acontecer atitudes negativas como esta. No Brasil pouco se fala destas acusações. Na verdade o que ouvimos são situações totalmente contrárias: aluno que bate em professor, que agride verbalmente e que ameaça. Acredito que é mais difícil ser um professor no Brasil do que nos Estados Unidos. Esta dificuldade que falo não está relacionado no ato profissional, mas sim no público no qual nos deparamos. Professor que é professor leciona em qualquer lugar. Ele não escolhe o seu público. Casos como este de falsa acusação, creio que é mais uma questão cultural daquele país do que uma fatalidade. É difícil explanar sobre um assunto que foge um pouco da nossa realidade. Se fosse um caso de agressão física e verbal perante a um professor, teríamos vários argumentos aqui para defendê-lo. Quero deixar claro que discordo com o profissional acusado. Todo docente já passou por situações que quase o levaram a desistir da profissão. Ela só não veio porque sabemos o quanto nos preocupamos em exercê-la com louvores. São passagens que levamos mais como um aprendizado do que como um trauma. É preciso sim superar essas barreiras para que possamos continuar a lutar por uma boa educação. Os profissionais de consciência limpa não se importam com as atitudes de alguns discentes. Na verdade o bom profissional é que não dá esta importância. Pois ele sabe que o seu único objetivo é ensinar e cativar os seus alunos. A partir do momento que ele enxerga a sala de aula além de um ambiente de aprendizagem (e como não de ensino) ele está exposto a passar por situações como esta explanada pelo nosso colega.

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