A comunidade católica da região foi abalada, na noite de segunda-feira, 9, pela notícia de um incêndio de grandes proporções na Igreja Matriz de São Mateus, em Guariba. As causas ainda estão sendo investigadas, porém, acredita-se que o fogo tenha tido início com um curto circuito. Caminhões pipas do Corpo de Bombeiros, da Prefeitura e das Usinas da região ajudaram no controle das chamas que destruíram grande parte da igreja, o telhado e seu interior, restando praticamente as paredes e a capela do Santíssimo, que não foi danificada.
Atualmente, Padre Antônio José Donizete Munhoz e Audive Bissoli, ambos de Monte Alto, são, respectivamente, Pároco e Vigário, da Paróquia.
“Por volta das 22h30 a Polícia tocou a campainha da Casa Paroquial para falar do ocorrido e, rapidamente, entramos em contatos com todos que poderiam nos ajudar, como Bombeiros, autoridades e usinas da região”, relatou Padre Munhoz em entrevista ao jornalista Carlos Alberto de Alencar. “Infelizmente, o fogo se alastrou rapidamente, nosso telhado era de madeira. Mas, essa tragédia, veio também para purificar nossa fé. Foi grande a solidariedade que recebemos da comunidade de nossos irmãos de outras religiões. Agora, vamos esperar os laudos dos engenheiros e, com fé, e apoio da nossa Diocese, vamos erguer novamente o nosso templo, com as bênçãos de Deus, Jesus e São Mateus”, finaliza.
Uma conta já foi aberta no Banco do Brasil para que aqueles que quiserem colaborar com a reconstrução da igreja possam fazer suas doações: Agência 4585-3, conta corrente 243-7. “Ninguém está autorizado a fazer nenhum movimento em nome da Paróquia”, salientou o Pároco.
A Igreja tem 117 anos de existência e sua história se confunde com a própria fundação de Guariba; a imagem do padroeiro foi doada pelo então fazendeiro, Joaquim Mateus de Corrêa.
O Secretário de Administração da Prefeitura de Guariba, Daniel Lousada, também falou à reportagem. “Assim que soubemos do triste fato, mobilizamos nossas equipes e parceiros; a Defesa Civil fez o bloqueio do local e colocamos vigias para impedir curiosos. Nos dias seguintes, realizamos vistorias técnicas para determinar se a estrutura que ficou em pé está comprometida ou não; estamos aguardando o laudo para definir a próxima ação.”
Na cidade, Alencar conversou com alguns moradores que falaram emocionados sobre a tragédia. “Meu Deus, quanta tristeza. Nos casamos nesta Igreja e nela também batizamos a nossa filha”, comenta Sérgio Silva, ao lado da esposa Marinalva e da filha Jeniffer. “É uma dor muito forte em nosso coração. Só Deus para nos fazer entender essa tragédia”, acrescenta a esposa. “Esta Igreja é a nossa casa, lugar de nossas orações; com a ajuda de Deus e toda a nossa comunidade, vamos vencer essa luta”, comenta o morador e policial aposentado, Bianchesi. As cunhadas Edna Chiquitelli e Aparecida Ventorine também expressaram suas tristezas. “Até agora não tive coragem de chegar perto. Toda minha família foi batizada lá”, ressaltou Edna. “Há 45 anos eu me casei nesse local e, ver nessa situação, nos causa uma tristeza enorme”, acrescentou Aparecida.
