Em obras, Museus celebram seus 25 anos

Responsável por abrigar a história cultural e paleontológica do município, prédio deve ser reaberto à população em outubro deste ano
Vista interna do Museu antes do seu fechamento para a reforma

 

Já é um quarto de século de muita história sendo contada. Foi em um 22 de julho de 1992, que os Museus Histórico e de Paleontologia de Monte Alto foram inaugurados, localizados no Centro Cívico Cultural “Dr. Elias Bahdur”, prefeito que os inaugurou. No começo, seus acervos cabiam em apenas 20 vitrines distribuídas em seus salões de exposição.
Neste aniversário de 25 anos, porém, não terá festa no local, visto que o prédio está passando por uma grande reforma estrutural desde abril de 2016, principalmente pelo excesso de luminosidade e umidade que havia no prédio. As grandes janelas que lá existiam foram retiradas diminuindo a incidência direta da luz sobre as peças expostas; o prédio ganhou um novo telhado. “Como a maior parte da verba para reforma veio do Governo Federal, houve um atraso no repasse de dinheiro destinado para este projeto e isso ocasionou a demora na finalização das obras”, comenta Sandra Tavares, Diretora do Museu de Paleontologia. “Em meados de fevereiro deste ano, a reforma foi retomada. Nesta segunda etapa a questão da acessibilidade está sendo resolvida. A instalação de um elevador no prédio possibilitará que todos tenham acesso aos acervos expostos. O prefeito João Paulo Rodrigues e a diretora de cultura, Cida Constâncio, têm dado total apoio à reforma e reformulação dos museus. Os espaços de exposição dos museus também estão passando por adequações, e para isso estamos contando também com o trabalho do pintor Ulisses Zangerolami, com a pintura dos bio-modelos que serão expostos”, complementa.
HISTÓRICO – Responsável por guardar a história oficial da cidade, o Museu Histórico e Cultural, teve seu acervo aumentado com o passar do tempo. Doações de livros, jornais, fotos, discos de vinil, biografias de personalidades da cidade e muitas peças antigas foram doadas pela população montealtense ao local, que ganhou o nome de “Dr. Fernando José Freire de Andrade”. Móveis antigos, obras de arte, vestuários, são exemplos de objetos que foram expostos durante os últimos anos e que contam, além da história de Monte Alto, uma pequena parcelada da história do Brasil; há, por exemplo, objetos de 1930 e 1950, que retratam gabinetes odontológicos e mesas ginecológicas utilizadas naquela época em consultórios instalados em nossa cidade. Um documentário sobre a História dos Jogos Abertos, iniciado por Horário ‘Baby’ Barioni em 1936, em Monte Alto, é considerado como um dos principais documentos que compõe o seu acervo. O local foi, por muito tempo, comandado pelo saudoso professor e historiador Luiz Carlos de Vicente.
DINOS – O Museu de Paleontologia “Prof. Antônio Celso de Arruda Campos”, que no início era parte integrante do Museu Histórico, passou a existir formalmente em 2007 por meio da Lei nº 2454 e seu o nome homenageia o seu fundador. Atualmente o acervo do museu é composto por mais 500 fósseis de diversas plantas e animais encontrados nos arredores de Monte Alto, em outras regiões do Brasil e no mundo todo.
“Muitas pessoas contribuíram para o crescimento e progresso do Museu, conhecido popularmente como o ‘museu dos dinossauros’. Dentre eles, pesquisadores de grandes Universidades brasileiras e do exterior, pesquisadores locais que desenvolveram e ainda desenvolvem trabalhos muito relevantes no mundo paleontológico”. “Os maiores descobridores de dinossauros são a população de Monte Alto, principalmente aquelas pessoas que trabalham ou moram nos bairros rurais de nossa cidade”, complementa.
Sandra lembra que o primeiro fóssil, que compõe o acervo do museu, foi descoberto pela Sra. Elvira Franciosi que, em meados de 1984, encontrou na sua propriedade um grande osso preso na rocha. Assim começou o importante trabalho do saudoso professor Toninho e do seu auxiliar Cledinei Aparecido Francisco que, juntos, desenterraram grandes descobertas paleontológicas em nossa cidade. Assim como o primeiro fóssil, muitos outros foram descobertos pela população de Monte Alto e região. Diversos fósseis de crocodilos achados e estudados pelo paleontólogo montealtense Dr. Fabiano Vidoi Iori fizeram com que o Museu de Paleontologia se tornasse referência mundial, devido à descoberta de grande número de espécies inéditas que viveram por aqui há milhões de anos. Uma destas espécies de crocodilos é o Montealtosuchus arrudacamposi, um dos principais fósseis que compõe o acervo do Museu.
Outra “grande” descoberta foi feita pelo Sr. Ademir Frare em 1997. Ele encontrou na propriedade em que trabalhava a ossada de um enorme dinossauro herbívoro que viveu na nossa região há aproximadamente 90 milhões de anos. Esse dinossauro tinha um fêmur que mede cerca de 1,55m de comprimento. “Imaginem o tamanho desse animal” comenta Sandra.
Além de preservar os fósseis, outro objetivo do museu é despertar o interesse das pessoas pela Paleontologia. O professor Toninho conseguiu cumprir esta tarefa muito bem, pois, várias pessoas que o rodeavam hoje trabalham com fósseis e suas reconstruções. Dentre elas estão o conceituado paleoartista Deverson da Silva (Pepi), os paleontólogos Fabiano Vidoi Iori, Thiago Schineider Fachini e a própria diretora Sandra.
ANIVERSÁRIO – “Estamos na reta final da reforma e em breve reabriremos com muitas novidades, mas, em comemoração ao aniversário do museu, receberemos neste sábado, dia 22, uma turma de congressistas que estão participando de um Congresso de Paleontologia na cidade de Ribeirão Preto. Eles conhecerão os fósseis do museu e um dos nossos campos de escavação” diz Sandra.
Ainda em comemoração aos 25 anos, no domingo, dia 23, os dinossauros irão até a população. Serão levados para a Praça São Benedito alguns fósseis e reconstruções em vidas de animais que viveram por aqui na época dos dinossauros. A Orquestra Municipal de Câmara e Banda Marcial Municipal também estarão presentes neste evento e a equipe da Sorveteria Super Moni estará lançando um sorvete temático em comemoração à efeméride. “Estamos trabalhando para que o museu reabra o mais rápido possível. Isso deverá acontecer em meados de outubro. Aguardem, aí vem um novo museu”, finaliza Sandra.

 

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