Amigo se guarda no peito. Não esquecemos seus nome e o temos no coração. Por isso ele é chamado de joia: “meu amigo (a) é uma joia rara”.
E o que é amizade? Amizade é o sentimento de afeição que aproxima as pessoas. Pelas pessoas temos estima e amor. Ser amigos é ser companheiro, é ser apreciador e dar atenção desdobrada à pessoa onde a ela se liga laços de amizade.
Estou falando do ser humano, o ser que Deus colocou no mundo para servir a humanidade. Tudo certinho até aqui.
Hoje quero falar do ser animal, animal irracional, se assim possamos chama-lo. Quero falar de uma cachorra que desde pequena mora com uma família ali no sítio ao redor de nossa cidade.
Constituída de quatro pessoas: mãe, pai e dois filhos maiores de idade, esta família é muito unida, como também unida é a vida de Penélope que faz companhia a eles. Ela chama a atenção de todos que por ali também residem.
De porte médio, dócil, amiga, ela toma conta da família que a trata muito bem.
Certa vez, enquanto capinava a roça, os filhos João e Miguel notaram uma movimentação estranha e um barulho diferente. Não muito distante estava a Penélope com passos curtos e pulinhos altos, ela se movimentava como se estivesse perto de alguém. Os filhos de D. Maria e Sr. Manoel logo se aproximaram. Penélope como uma leoa, avançava em duas cobras jararacas que vinham em direção aos roceiros. Raivosa e impaciente, latia e pulava sobre elas que se movimentavam bruscamente.
Querendo salvar João e Miguel, Penélope as mordia até sangrar. Como uma babá que cuida do pimpolho, a cachorra trancava o caminho até eles. Feridas, machucadas, as cobras iam perdendo as forças.
Penélope estava exausta. Os jovens corriam de lá para cá e de cá para lá para retirá-la do local. Prenderam então em uma rede – as cobras já não eram mais valentes. Ufa! Que sufoco!
Socorrem Penélope levando-a para casa. Ela estava machucada, sangrava muito e seu rosto (cara) estava bem inchada. Mais que depressa a levam ao veterinário, ali no começo da primeira rua do vilarejo. Enquanto isso Sr. Manoel trancafia as cobras para levar à cidade: para alguma coisa elas serviam.
Penélope fica oito dias no Hospital Veterinário, mas morreu, seu dever estava cumprido. Ela foi a grande amiga de João e Miguel, a maior amiga que os dois homens poderiam ter. E a tristeza toma conta da família.
Pois é: o homem, a mulher, podem estar num palacete ou debaixo da ponte. O cão tem fidelidade impressionante com seu dono, defende-os por amor. E tem gente que abandona seu cão. Ele ou ela dão a vida pelos donos seus.
Capturadas as cobras, Sr. Manoel as leva para o Instituto – servirão para salvar vidas com seu veneno.
Impressionante esta passagem (sabemos de tantas) – Penélope foi uma heroína.
Acreditem: o cão é o melhor amigo do Homem. Assim como Penélope, Princesa e Ritler, Julius e Eigran, outros cães nossos amigos, fizeram a fazem parte de nossa família.
A família do Sr. Manoel e D. Maria, de Miguel e João, terão outros cachorros em sua casa. E… Penélope será o nome de uma que terão, fazendo homenagem àquela, que por sua bravura e amor, salvou João e Miguel.
Que delícia ter cães em casa! E como são felizes a Princesa e o Ritler! Que São Franciso de Assis proteja todos os animais desta Terra que amamos tanto!
