Semana 86

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Pra emendar esse diário com o último, eu volto para a Guatemala, ainda com a Zak, num lugar chamado Semuc Champey. De lá ainda segui viagem com ela até outra cidade chamada Flores, já no norte do país, perto das fronteiras com Belize e México.
Um lugar maravilhoso onde se encontram umas das maiores pirâmides Maias encontradas. Passamos três dias por lá, até que a hora da despedida chegou e cada um seguiu seu rumo.

bikeEu fui pra Belize, ela continuou na Guatemala, onde começou a estudar espanhol. Como eu tinha data pra chegar no México, devido ao meu encontro com o Léo, peguei mais alguns ônibus até Belize City, onde cheguei e me surpreendi com a diferença cultural existente entre aquele pequeno país e todos os outros que eu havia conhecido até então.
Na fronteira já dei de cara com todos os militares falando inglês, me exigindo algumas burocracias estranhas que não entravam na minha cabeça de jeito nenhum. Cheguei na pequena capital, Belize City, sentindo um calor impressionante. Cidade as margens do mar do caribe, com uma atmosfera diferente de tudo o que já vi. Eu nunca fui pra Jamaica, mas imagino como seja, e Belize me pareceu exatamente igual.
Antiga colônia inglesa, população de maioria negra, uma onda “reggae” por todos os lados, dread-locks gigantes, cigarros de maconha bem gordos pendurados no canto da boca de todo mundo e um inglês cheio de sotaque. Desci do ônibus com a Princesa carregada e logo se juntaram algumas pessoas ao meu redor. E o interrogatório começou, em um volume de voz elevado:
– Heeeyy Mann, what a fuck are you doing with this bike, mann?
E eu com meu inglês fuleiro:
– I’m traveling from Brazil.
– Whaaat ?? I can’t believe maaan !!!
E logo gritavam para os outros que passavam pela rua, tão expressivos que chegavam a pular enquanto falavam:
– “Heeey man, look this guy maaan, traveling by bikee from Brasil maaan, can you believe?”
E continuavam:
-“Do you want some “joint” man?” Do you like Marihuana?”
– “Thank you my friend, I’m nice” … E me despedi.
Fui até um hotel, tomei um banho, sai pra jantar, caminhei 10 minutos pelo centro da cidade e dei de cara com uma quantidade impressionante de pessoas pedindo dinheiro pelas ruas.
Muita gente cantando, gritando, te convidando pra comprar droga, uma loucura. Um dos moleques que veio me pedir dinheiro me levou até um restaurante chinês, onde comi ao som de uma música maluca, em alto volume, uma mistura de gente de todos os tipos entrando e saindo, bem ou mal encarados, todos juntos, gritando, dançando, outros jantando em silêncio, tudo muito louco.
Dormi e no seguinte segui cedinho. Pedalei 80km sob um sol infernal, até chegar numa cidade chamada Orange Walk, onde fui recebido pelos bombeiros.
E o dia seguinte foi o “grande dia”: minha chegada ao México. Acordei cansado, dormi mal, numa cadeira de praia desconfortável, o que não me permitiu sentir o melhor humor do mundo. De qualquer forma eu sai pedalando, sem pensar em nada.
Com muita oração eu fui melhorando, fui relaxando a cabeça e o corpo, pra que aquele momento se tornasse inesquecível. Me faltavam 70km para a fronteira, os quais eu utilizei para pensar em tudo o que passei até chegar ali, uma retrospectiva de tudo o que vivi nos últimos 20 meses.
Agradeci muito por ter chegado naquele lugar, sem nenhum arranhão, sem nenhum encontro desagradável, nenhum roubo, nenhum tombo, nenhuma doença, nadinha. Depois de tantas histórias feias que infelizmente a gente ouve por aí, a respeito de violências e assaltos a turistas, e eu estava ali, protegido, agradecido ao mundo por ter me dado tanto apoio pelo caminho, tanto amor, tanta hospitalidade. Obrigado.
Pessoal, é isso! Na semana quem vêm eu retrato aqui meus primeiros dias em território Mexicano.
Boa semana, abraços!!!
Beto!

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