É preciso descentralizar a cultura

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Um dos grandes desafios da educação, hodiernamente, é transformar os alunos em leitores. Eu poderia escrever, no decorrer desta lauda, vários dados que comprovam o déficit que o nosso país tem, quando o assunto é leitura. Infelizmente, jogaram toda essa responsabilidade na escola. É lá que se deve aguçar, no aluno, o interesse pelos livros. A família, não de uma forma generalizada, investe num celular de última geração, mas reclama do preço do livro. Investem no conforto de suas tecnologias, mas não conseguem explanar o poder que um livro proporciona para o desenvolvimento pessoal e social dos seus filhos.

Mas não pensem que este incentivo cabe apenas à escola. Na verdade, faltam políticas públicas. Somos uma cidade com cerca de 50 mil habitantes com uma única biblioteca municipal localizada, também, no único espaço cultural da cidade. Segundo dados do IBGE, a nossa área territorial é de 346,950 km2 . Por toda esta expansão territorial, eu repito, temos um único espaço para eventos culturais e uma única biblioteca. Indubitavelmente, irão usar a biblioteca das escolas – como argumento – a fim de que evitem a sua expansão. Ora, quem voltaria à escola – depois de uma quantidade enorme de aula – para saborear do conhecimento de um bom livro? Não é atrativo e se não atrai, não se forma leitores.

É preciso descentralizar. A cultura e o livro devem ecoar em todos os bairros desta cidade. Crianças e jovens precisam de um espaço para desfrutar da leitura de um bom livro. Precisam de um espaço acolhedor que possa receber toda a família. Quem mora nos bairros mais afastados da cidade não tem acesso à cultura ( ao meu ver, de qualidade ) que se propaga por aqui,devido a distancia que precisam percorrer para acessá-la. Não é democrática, porque o difícil acesso impede o adito do seu consumo.

Não é uma crítica. Trata-se de uma sugestão: deveria ter uma biblioteca e um espaço cultural em todos os bairros da cidade. Creio que tu, querido leitor, concordaria comigo. Basta pensarmos juntos: onde acontecem os eventos culturais da cidade? Ou é no centro cívico ou, na praça central. Repito: é preciso descentralizar. Juro que já tentei algo semelhante num determinado bairro que já morei. Tentei fazer uma parceria com a associação dos moradores. Minha ideia era uma biblioteca aberta à população. Eu iria captar livros de casa em casa para compô-la. Entretanto, era uma luta solitária. Lutar para se construir leitores não é um trabalho sozinho. Envolve muita luta. Infelizmente, poucos estão dispostos a encarar. É por isso que a gente sangra na educação. Ninguém quer e os que querem sangram sozinhos. Eu sangro, mas eu tento. Posso sair derrotado, mas desta luta eu não fujo.

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