A comida do Imperador

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Arroz com feijão e frango a passarinho! Esse era o prato predileto de Dom Pedro I e como estamos comemorando o 7 de setembro, dia da Independência do Brasil proclamada por ele em 1822, falaremos sobre a comida dos reis, que geralmente é sofisticada mas o nosso Imperador não era chegado à mesa refinada. Dom Pedro I era arredio, matuto e não gostava do cardápio servido no palácio. Isso, já, desde Portugal. E quando ele chegou aqui no Brasil, com 11 anos, descobriu a rua de vez. Ele se enturmava com os serviçais e com os escravos e aprendeu a comer arroz, farinha, feijão, os legumes e verduras do Rio de Janeiro, couve, taioba e o frango partido em pequenos pedaços e frito, para comer com a mão, que hoje chamamos de frango à passarinho. O Arroz também fazia parte do cardápio da Família Real, mas na mesa de Dom João VI predominavam as carnes, principalmente o frango assado e o cordeiro. Dom João adorava frango e de todas as formas. Praticamente ele tomava canja todos os dias à noite. Adorava frango assado e cozido. E essa predileção do rei pelo frango chegou a tamanho exagero que, em 1819, a Casa Real mandou apreender todos os frangos do Rio de Janeiro. Já a Carlota Joaquina, não era tão chegada a comida salgada, ela tinha preferência por cachaça. A rainha comia menos. Carlota Joaquina gostava de misturar aguardente com frutas e usava a cachaça também para conservar alimentos. O paladar da rainha tendia para o doce e ela comia muita fruta fresca e compotas de doces feitos das frutas brasileiras, além da cachaça, ela gostava de goiabada.
O banquete da Família Real tinha, em média, 24 pratos, 12 para Dom João e 12 para Carlota Joaquina. Eles não viviam juntos, cada um tinha seus aposentos no palácio. Mas os cardápios eram parecidos e incluiam dois tipos de sopa (a preferida do rei era canja de galinha), um cozido, um arroz, quatro guisados, dois assados e duas massas, além de fruta, pão, queijo e doce. Dom João se apaixonou pelos ingredientes brasileiros e depois de comer tudo isso, incluindo uns três frangos, costumeiramente ele ainda apreciava cinco mangas. Dom Pedro I também comia bem, mas preferia arroz com feijão e mandioca ou farinha. Engraçado é que Dom Pedro I casou-se em 1818 com Leopoldina e teve de comer algumas iguarias que a princesa européia trouxe para o Brasil. Na bagagem dela tinha salmão, atum, pescada, carne de porco, ervilha, feijão verde, alcachofras em azeite e bacalhau. Dom Pedro reclamava quando tinha que comer isso, ele também gostava de sopa como o pai. Mas o caldo preferido de Dom Pedro era feito com carne, alho, pimenta e verduras. Ele também apreciava toucinho feito de carne de porco salgada e com muita gordura. Esse prato era servido com arroz, batatas inglesas ou doce, pepinos cozidos e carne assada. Ele comia tudo misturado ou arrumado separadamente no mesmo prato. Os descendentes do nosso primeiro imperador seguiram, de certa forma, esse apreço pela mesa farta. Maria da Glória, filha de Dom Pedro, gostava de galinha ao alho e óleo, também no estilo frango à passarinho. Já o filho, Dom Pedro II, adorava macarrão. Ele foi o responsável, em 1838, pela introdução das massas italianas no cardápio brasileiro. Principalmente o talharim. E a filha dele, a Princesa Isabel, era muito gulosa. adorava doces de ovos, sorvetes e não resistia a um pão-de-ló acompanhado de chá. Isso sem falar no bacalhau, o peixe preferido dela. Na sobremesa da família real, ao contrário do que se poderia imaginar, uma sobremesa simples era a mais apreciada. Pompadur(rabanada), um doce típico do século 19, chamado de fatia dourada na Corte. A bebida predileta de Dom Pedro I era a cachaça. Como a mãe, ele gostava de uma águardente. Essa era a bebida mais pedida por ele nas tabernas, mas também apreciava cerveja e o vinho. A cerveja era uma bebida nova no Brasil, chegou um pouco antes da Família Real, no final do século 18. O vinho já era costumeiro no copo do imperador até pela tradição portuguesa, mas Dom Pedro I gostava de enaltecer os produtos brasileiros, dizia que a família real tinha que comer o que se plantava e criava aqui e, nessa linha, ficou amigo da cachaça.

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