Todos sabem da ameaça que a Inteligência Artificial tem trazido à sociedade moderna. Perdeu-se a noção de arte há tempos. A cada dia que passa, essas ameaças se fortificam a cada nova tecnologia que aparece. Neste último semanário feito por meus alunos do Colégio Objetivo, trago o texto do querido aluno Enrico Itagiba de Oliveira (foto) que faz uma reflexão sobre a arte e o os caminhos que todo artista deverá tomar vivendo neste tipo de vanguarda tecnológica.
Como já foi escrito em outros momentos, particularmente, não vejo a I.A com bons olhos dentro da produção artística. Dentro de um curto prazo, perderemos a noção da produção artística, do significado de dom e de talento, porque grande parte das produções que surgirão, no mínimo, serão duvidosas. Compartilhar esse conceito com os alunos e fazê-los refletir é de grande responsabilidade da escola e de todo corpo. Como amante da arte e produtor de artístico, preciso apontar os benefícios e malefícios. É dever com a arte, não só com o aluno. É responsabilidade com o futuro.
“Poetas, autores e compositores antigos trocavam suas criações uns com os outros, encontrando motivação nos contos e na vida. Cada leitor apreciou e ficou impressionado com suas produções literárias. Entretanto, tudo mudou com o surgimento da Internet. As pessoas começaram a ver a arte com uma nova perspectiva, na qual a criatividade é o menos importante na produção artística, pois a sociedade tem acesso a uma ampla variedade de informações, entretenimento e conteúdo online que substitui o poder da criação. A arte já não é mais vista da mesma forma que antes.
À medida que o domínio da Internet se fortalece, os fãs de um artista diminuem. Horas de navegação pelas redes têm substituído o tempo no qual se lia os livros. O artista se encontra em desespero, porque estão vendo suas obras desvalorizadas e suas habilidades inúteis
Para mostrá-las, devem publicar suas criações na Internet, permitindo que seu trabalho seja reconstruído e valorizado novamente. É a única saída para que valorizem e reconheçam o seu árduo trabalho tão desvalorizado pela sociedade moderna.”
