A ansiedade já era e continua sendo a principal queixa dos pais em relação aos seus filhos, sejam eles crianças pequenas, adolescentes ou jovens adultos.
A ansiedade é um sentimento que faz parte do nosso cotidiano. Na medida certa, é normal ficar ansioso diante de algumas situações como, por exemplo, a chegada de uma viagem muito esperada, a troca de trabalho, o término de uma formação profissional.
A grande questão é que a maioria das pessoas se sentem mais ansiosas que o normal em grande parte do tempo e isto – a intensidade deste sentimento e a frequência dele – é o que acaba levando a um transtorno emocional propriamente dito.
A ansiedade excessiva atrapalha as atividades do cotidiano, interfere na qualidade de vida e pode levar ao desenvolvimento de doenças físicas.
O que temos observado, até por conta desta situação envolvendo a pandemia, é que o número de queixas de quadros de ansiedade excessiva aumento muito, inclusive, entre as crianças e adolescentes.
Já falamos sobre este tema aqui antes: o quanto as restrições do isolamento social e da falta das atividades presenciais, principalmente da escola, trouxe de prejuízos para os nossos filhos.
No que diz respeito às crianças – como nem todas conseguem expressar ou explicar o que estão sentindo – é muito comum que a ansiedade apareça através dos sintomas físicos como dor de cabeça, dor de barriga, falta de ar, alteração alimentar e alterações no sono. Ou mesmo através de dificuldades na aprendizagem e/ou adaptações ao ambiente escolar.
Estar atentos ao comportamento e desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes é nossa responsabilidade. Ajudá-los a identificar e entender que todos os sentimentos são importantes e que é possível aprender a gerenciar o que sentimos e equilibrar nossas reações ao que acontece ao nosso redor, também é nossa responsabilidade.
O ambiente em que a criança está e a forma com que as pessoas lidam com ela interfere diretamente no aumento ou no controle da ansiedade. Por isto, conhecer o assunto e saber, também, quando e como podemos ajudar nossos filhos é o que faz diferença nesta regulação (autorregulação) emocional.
E para conseguir ajudar nós precisamos primeiro investir em nosso próprio desenvolvimento pessoal, entendendo o nosso funcionamento em relação aos sentimentos e emoções para que depois possamos ajudar, também, nossas crianças neste processo.