Ativado o modo “pôncio pilatos”

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Parece-me que em muitos lares por este Brasil afora foi ativado o modo “pôncio pilatos”. Este, figura bíblica que lavou as suas mãos perante a condenação do filho de Deus. Vejo um crescente desinteresse dos pais em continuar com a educação dos seus filhos, em acompanhá-los, motivá-los e explanar sobre a importância de continuar com os estudos. Ora, a educação não parou. Não podem colocar a culpa na pandemia para dizer que este ano foi perdido. Perdido está o conceito que fazem da educação remota. Os professores estão trabalhando no limite físico e mental. Não lavaram a suas mãos; não entraram no modo “pôncio pilatos” porque sabem da responsabilidade que têm com os seus discentes. Aliás, o ato de lavar as mãos acaba sendo uma grande hipocrisia. As escolas estão fechadas; as praias estão abertas. A vida noturna voltou a sua normalidade. Os eventos culturais estão a todo o vapor. As pessoas lavam as mãos por se tratar de um ato cultural pandêmico. Porém, ativam o modo “pôncios pilatos” quando se trata de diversão e aglomeração.
O que realmente importa? A educação tem ficado abaixo da escala desta pergunta. O tanto fez e o tanto faz ecoa por uma sociedade materialista, egocêntrica e individualista que pensa apenas nos prazeres que o mundo lhe oferece. A educação, meu caro, não dá lucro e nem dá aceitação numa sociedade que vive de aparências. Por que ela deveria ser importante? Creio que nos quesitos educacionais, ao longo de um Brasil república e democrático, o modo “pôncios pilatos” sempre predominou. Seria trágico e cômico citar a cultura da lavagem do dinheiro desviado da educação. Uma comparação carregada de verdades.
Essa cultura de lavar as mãos e atingir o modo “ pôncio pilatos” tem ecoado por todas as vertentes que regem uma sociedade, principalmente num mundo onde a tecnologia tem ganhado o seu devido espaço. Lavamos as mãos ao confrontarmos com as desigualdades, com as diferenças e com a empatia. Estamos ligados a este modo porque há uma necessidade de sermos vistos e reconhecidos nas redes sociais que interagimos. Isso faz com que a educação dos nossos filhos não seja uma prioridade, mas sim uma grande pedra no caminho, já que ela toma muito do nosso tempo e da nossa paciência. O ato de lavar as mãos tem o seu sentido literal e não literal perante a situação que estamos. Há os seus pólos distintos: lavamos as mãos para nos proteger de uma guerra silenciosa e, ao mesmo tempo, estamos lavando as mãos para a educação. O modo “pôncio pilatos” está ativado.

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