Batalhão decadente

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Semana passada, encontrei um amigo da faculdade. Perguntei a ele se estava lecionando. Ele disse que não. Mas não foi por não gostar da profissão, mas sim, pelas condições de trabalho.
Antes de ontem, encontrei uma colega de profissão. Perguntei se ela pegara bastante aula. Ela me respondeu com certo desânimo que não estava mais na área da educação. Eu perguntei o porquê. Disse que se sentia muito desvalorizada, e que o trabalho estava consumindo o seu tempo e o retorno financeiro não condiziam com os seus esforços.
Pois bem; se eu encontrar outro amigo amanhã e depois, não vou me surpreender com a resposta negativa.
Ser professor num país onde não se valoriza a educação é lutar sozinho – sem armas – contra um verdadeiro exército massacrador e impiedoso.
Os valores estão invertidos. Não se sabe mais o que se prega por aqui.
Os poucos profissionais que ainda restam lutam pelos seus direito e deveres; lutam pela valorização da docência. Trata-se de uma guerra sem muita esperança de vitória, pois pertencem a uma classe totalmente desvalorizada, embora seja a única solução para amenizar o balburdio deste país.
O exército está enfraquecendo. A cada dia que passa os soldados estão deixando seus batalhões.
O futuro vai ficando incerto e a proteção da nação cada vez mais prejudicada. É uma realidade que aos poucos vem mostrando a sua face.
Chamo de exército, porque são verdadeiros soldados que lutam contra um sistema falho e decadente. Lutam com suor e com as mãos sujas de giz. Não há esperança. Não agora. Enquanto o foco não for a educação, o batalhão sofrerá.
E os filhos desta nação arcarão com as consequências, porque lá na frente não saberão como enfrentar as batalhas que a vida impõe. Não sozinhos.
É por isso que eles precisam do exército formador. Precisam do professor. Ele será o único responsável em guiá-los a aos caminhos curtos e com sabedoria.
Os professores temem a família. Esta era para ser a sua aliada, mas em tempo tecnológicos, há curtidas para receberem e seguidores para conquistarem. Mais uma vez o batalhão enfraquece. Mesmo vivendo em batalhas perdidas, ele nunca para de lutar. Sabe que é a única esperança transformadora. E mesmo que não se importem, ele sempre irá se importar. Mesmo que os dias sejam de sangue, o que prevalece é a sua honra. Mesmo que o dia seja de fracasso, o que prevalece é a sua esperança em tornar o outro dia, um dia de vitória.
O batalhão pode até enfraquecer, mas os poucos soldados que restam jamais entregarão as suas armas e nunca se darão por vencido. Jamais.

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