Biblioteca modelo

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Uma biblioteca de São Paulo está concorrendo entre as melhores do mundo. Ela é pública e fica numa área vitalizada na cidade. Esta área foi marcada por muito sangue, ódio e muita maldade. A biblioteca fica onde havia o complexo penitenciário do Carandiru. Um verdadeiro paradoxo.
Só de pensar que naquele local a única leitura que se fazia eram as cartas que vinham de familiares ou os salmos bíblicos na busca de esperança, e que agora habita o verdadeiro espírito que fortalece a ascensão de um país: a leitura. São quatro mil metros quadrados para jogar, estudar, usar a internet e sem a obrigatoriedade de se manter em silêncio. Antigamente, estávamos acostumados a entrar numa biblioteca onde prevalecia, por via de regras, a quietude absoluta. Esta ótica tem mudado muito com o tempo.
Segundo Pierre Ruprecht, diretor da Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura, “Se você entende que a biblioteca é essa praça cultural, esse lugar de fomento a encontros culturais, a encontro das pessoas entre si e com a literatura, com espaços de inovação e de espaços para lidar com a informação, a biblioteca cada vez é mais necessária”. Essa nova tendência tem se espalhado pelo mundo. O local tem que ir muito além de um Locus amenus. É preciso torná-la um lugar para todas as idades e gostos, fortalecendo o ambiente para que mais pessoas possam ter o contato diretamente ou indiretamente com os livros.
O que tem de mais brilhante neste possível prêmio internacional, é realmente pensar no local em que ela foi construída. Leva-nos a uma reflexão de que todo presídio implodido poderia se construir uma bela de uma biblioteca, seguindo os padrões desta da cidade de São Paulo. Deixa aquela esperança de que se construam mais locais voltados à leitura e cultura do que presídios. Claro que é um pensamento utópico, mas nunca podemos deixar de sonhar com dias melhores na educação.
E se tivesse uma biblioteca como esta dentro do presídio do Carandiru naquela época? Será que a história seria outra? Manchetes como “Presidiários leem de três a quatro livros por mês”, ou “ Detentos escrevem livro de poesia”, “ Carandiru é exemplo mundial de recuperação de detentos”.
A história até então manchado com muito sangue, poderia ser outra se houvesse realmente uma política de incentivo à leitura para os encarcerados. Ao invés de um massacre, como ocorreu em 1992, poderíamos ter um novo conceito de literatura com os possíveis escritores que poderiam nascer dentro dos presídios, com uma ótica e vivência muito peculiar daqueles que viveram anos entre o céu e o inferno.

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