Imagine que você tenha uma empresa ou que trabalhe apenas como colaborador. Diariamente, você se esforça para alavancar e progredir com o seu negócio – ou ajudando na ascensão da empresa que trabalha atualmente – pois sabe da importância de deixá-la em pé. Você zela pela qualidade do produto, pelo atendimento de qualidade, pelo nome e acima de tudo, pela garantia do seu trabalho. É o seu sustento. Você precisa disso para sustentar a família. Agora, vamos supor que o meu filho compre um produto da loja da qual você faz parte – ou seja proprietário – ou simplesmente tire fotos ou faça filmagens dentro do estabelecimento, sabendo que a prática é proibida pela empresa. Vou colocar mais uma problemática: ele não gosta do produto que comprou e, de repente, começa a difamar, rebaixar, caluniar e proferir desonras contra o comércio. O que você faria?
Com certeza, uma prática como essa colocaria o nome da instituição e o seu cargo em risco. Marca, produto e colaboradores sofreriam sérias consequências com esta prática imoral, pecaminosa e injusta. A imagem negativa iria se disseminar por todas as redes sociais tornando a situação mais preocupante e agravante. Seria péssimo, certo? Eu, como pai do responsável pelo ato, ficaria envergonhado com uma atitude dessa, porque ele infringiu regras e colocou o trabalho de muitos pais, mães e responsáveis em risco. Agora eu pergunto: por que quando os seus filhos tiram fotos ou fazem os vídeos dentro da escola – ambiente de trabalho de muitos professores e colaboradores que sustentam suas famílias – difamando ou desafiando uma lei federal, não te traz a mesma consciência de quem trabalha ou possui uma empresa? Por que o silêncio perante essas práticas ofensivas é ensurdecedor tanto pela comunidade quanto pelos pais? A resposta é: vocês são condizentes!
Há uma cultura de que a escola é lugar de balburdia. Os discentes que não praticam transgressões em casa, fazem no ambiente escolar. Ser mau comportado é motivo de orgulho para os alunos. Dados do relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) colocam o Brasil em primeiro lugar quando o assunto é indisciplina. Isso reflete o mau desempenho nos indicadores sobre educação. Perdoe-me, mas não posso permitir que o seu filho manche a imagem do meu trabalho, da minha profissão e prejudique a saúde mental e física dos meus colegas de trabalho. Se um dia algum dos nossos filhos prejudicarem o seu ganha pão, eles serão cobrados e você terá o total apoio em relação a isso, porque nós professores temos a consciência da importância da educação e do respeito. Olhem as redes sociais dos seus filhos. Eles estão nos expondo e infringindo determinas regras. O que você tem feito em relação a isso? E se fosse o contrário, como você se sentiria? Reflita, por favor.