Centenária, Inigualável, Persistente

Facebook
WhatsApp

Centenária! Inigualável! Persistente!
Vó Benedita é a homenageada de hoje. Desde muito nova, adolescente ainda, enfrentava atividades, para nós, inacreditáveis.
Obedecendo a seus pais, se embrenhava no matagal e para a roça se dirigia sem medo e sem documento. Ao lado de homens e mulheres que não enjeitavam esse trabalho, ela desbravava na lavoura com coragem e persistência. Ali se enturmava e, de pés no chão e chapéu na cabeça, carregando nos ombros a enxada, se atirava de corpo e alma.
Joaquim, seu pai, homem foragido da senzala, trabalhava com a família em troca da comida.
Benedita Maria da Conceição casou-se muito cedo. E ali começava uma nova caminhada. Uma explicação: “ao nascer, por morar em lugar distante, demorou a ser registrada. E mais ou menos dez anos depois, vão ao cartório e ali a registraram como se houvesse nascido naquele dia – 18/02/1921”.
Assim foram anos – filhos nascendo, filhos crescendo e pouco tempo Vó Benedita tinha para amá-los, e bem menos ainda, para lhes fazer companhia.
Histórias foram contadas por pessoas amigas e conhecidas da família. Elas muito diziam sobre aquelas proezas onde Vó Benedita, a mais trabalhadeira das mulheres dali, surpreendia a todos com seu modo de ser.
E contavam um caso interessante de saber:
– Ali, no cruzamento da rua Nhonhô com a rua Cupertino Boto, havia um coqueiro altivo e de fino tronco, como palco de sofrimento. E desastrosas surras doídas Benedita assistia em companhia do pai; negros apanhavam sem motivo justo e chicotadas lhes eram dadas com toda força pelo capataz das fazendas próximas. Ali na casa, espécie de senzala onde os negros viviam, era assim: escreveu não leu, pau comeu. E se dirigiam ao castigo, até sem motivo.
Joaquim, forte sim! Mas para que Benedita assistia tão infames cenas?
O capataz, homem de confiança do coronel era grosseiro, perverso, desalmado. E vó Benedita, ali.
Quanta dor, quanto sofrimento! Vó Benedita não apanhou, só assistia às maquiavélicas situações. A cada chicotada tremia pela dor do outro ou outra.
E a Vó Benedita que colocou no mundo cinco filhos e acolheu mais três, adotivos mas de coração, é motivo de alegria, motivo desta justa homenagem.
Com 24 netos, 16 bisnetos e 15 tataranetos, ela está aí para nosso orgulho. A filha Nilda e o genro Wagner fazem lindamente companhia a ela que, com 107 anos (97 + 10) que fez recentemente, ainda terá anos de vida com sua família. Os netos Alexandre e Natiele a querem muito bem. O filho Domingos ainda lhe pede a bênção. Todos cuidam dela com amor, respeito, paciência, carinho e afagos.
E seus olhos parecem dizer: minha vida é só felicidade! Vó Benedita frequenta o Centro Dia do Idoso de Monte Alto e está muito contente – como também sua família.
Saudamos e agradecemos a todos do Centro Dia e também ao Sr. Emílio Pierre que transporta os idosos com carinho.
Parabéns, Vó Benedita, as famílias Salvaterra e Grecco têm orgulho da senhora.
O jornal O Imparcial se sente honrado em poder noticiar em primeira mão estas informações tão preciosas que fazem parte da história de nossa querida Monte Alto.
É vida bem vivida! Filhos, genro e todos a parabenizam.
Abraços de todos nós! Que Deus te conserve com muita saúde.

Registrando

VISITA

Monte Alto recebeu uma visita especial no último fim de semana. 28 membros de uma colônia japonesa da cidade de

CHEIA DE CHARME

Hoje, 3, é dia de festa na casa da advogada Camila Cavarzere Durigan e do empresário Wanderson Boer. A filha

PREPARANDO

A 143ª Festa em Louvor ao Senhor Bom Jesus, conhecida como a “Festa onde os Amigos se encontram”, começa a

NA SUÍÇA

Pela 2E Ligue, da Suíça – considerada uma das vitrines para os principais times do país –, o F.C Bosna

NA AGRISHOW

Por mais um ano, a FBB, empresa que tem forte participação nos mercados de Fundição e Agrícola, está presente na