Coluna do Alencar

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Esta semana resolvi escrever sobre um assunto contagiante que envolve diretamente a população de Monte Alto e faz parte da nossa história, feita e contada por homens que a fizeram tal qual o Slogan desta coluna.
O nosso museu de Paleontologia foi inaugurado em 22 de julho 1992 e leva o nome do seu fundador, Professor Antônio Celso de Arruda Campos.

Um Pouco da História – Eu, que em 1984 trabalhava na Rádio Cultura fazendo reportagens de rua, lembro-me quando fui com um gravador enorme, que pertencia ao proprietário da emissora, Laerte Ulian, fazer a entrevista com o professor Toninho sobre a grande descoberta localizada perto do Campestre Clube. Lá encontrei o Prefeito da época, Dr. José Rodrigues e o fotógrafo Nelson Matsumura.

Cledinei Aparecido Francisco: Um Desbravador de Dinossauros – Quando se fala de fósseis em Monte Alto não se pode deixar de falar de algumas pessoas importantes deste processo histórico, cultural e turístico. E uma delas, sem dúvida, é Cleidinei Aparecido Francisco ou simplesmente Cleidinei, que já nasceu predestinado, como ele faz questão de dizer: “Nasci no dia no dia 17 de janeiro de 1969, data em que astronautas seguiam rumo à lua e lá colocaram os pés pela primeira vez. Quando o Cometa Halley passou, em 1986, o Professor Toninho pediu que eu ficasse ao seu lado e com um grande Telescópio pudemos ver o planeta passar no céu. Ou seja, nasci com uma missão diferente, sinto isso dentro de mim pela minha própria história, desde os meus 15 anos de idade”.

As Buscas Científicas – “Todos os fins de semana a gente pegava ferramentas como picaretas, marretas, ponteiras, talhadeiras, etc… e saíamos sob o comando do Professor em busca de fósseis, um trabalho técnico científico que ele comandava e que fazemos até hoje. Do fruto deste trabalho, dessa semente plantada por ele saíram Doutores em Geociência e Paleontologia, como a Sandra Tavares, formada na UNICAMP, e o Fabiano Iori, formado na UFRJ, que muito nos honram hoje com seus trabalhos. Nós conseguimos trazer para Monte Alto cientistas do Brasil e do Mundo”.

A salinha – “Naquele tempo, nós tínhamos uma salinha que continha pedaços de fragmentos. Foi então que conheci a sala e o material que era usado para escavação. Fui à procura do meu primeiro fóssil. Lembro que era um domingo, e dei sorte, pois encontrei naquele dia, lá pelas bandas do Campestre, um ombro de Dinossauro. Então falei com o professor e comecei a chamar alunos das escolas para participarem, e foi nessa época que o Fabiano, que hoje é Doutor em Ciências de Paleontologia encontrou um fóssil raro”.

A Caverna Misteriosa – Qualquer pessoa, principalmente os mais velhos, se você perguntar de uma Caverna Misteriosa que existe em algum lugar das nossas serras, logo eles responderão que já ouviram falar dela. Para mim, um dia me falaram que ela ficava na divisa de Monte Alto e Taiaçú e que era assombrada e lá existiriam muitos mistérios.
Pois bem, voltando à entrevista com Cledinei: ele me contou que um dia o Professor Toninho falou: “Vamos achar esta caverna misteriosa. Como todo desbravador, ele comandou uma caravana e foram em busca da tal caverna. E em uma destas buscas, entraram numa pequena caverninha na serra da Água Limpa, só que o nosso mestre não contava que, ao invés da caverna misteriosa, deram de cara com um enorme enxame e abelhas que atacou o Professor. Todo mundo correu, as abelhas tomaram conta do professor, eu também tinha corrido, mais resolvi voltar e enfrentar a situação. Fiquei todo picado, mas fui arrastando ele para fora da mata. Foi então que avistei uma pequena poça d’água com lama e gritei para ele: ‘professor Toninho entra nesta poça, ela tem lama, mas tem água’. Ele entrou, eu saí correndo, as abelhas me picando… Como naquele tempo eu era jovem, pulei um barranco de aproximadamente cinco metros. Foi um episódio terrível. Logo após fomos para o hospital; eu lembro que levei cinquenta picadas, porém, faz parte da história que tem que ser contada. Das pessoas que estavam conosco, uma delas não podia ser picada por questões de saúde, e saiu correndo; os outros se protegeram, e eu fui buscar ele. Apesar de tudo, fomos salvos, graças a Deus. Até hoje ninguém encontrou a tal caverna.

Réplica do Campo de Pesquisas – Cledinei fez questão de construir, juntamente com seus companheiros de trabalho, uma réplica dos locais onde são feitas, geralmente, as escavações de fósseis (foto). “É importante que os visitantes, principalmente as crianças, já que recebemos mais de 20 mil por mês, saibam como são feitas as escavações científicas das rochas. Por este motivo, fiz um local idêntico para que eles tenham uma noção de como é este trabalho. No local tem o também a réplica de um titanossauro, cujo fóssil foi encontrado”.

Um Pesquisador Nômade – Cledinei Francisco tem expandido seus conhecimentos práticos para várias cidades, inclusive distantes de Monte Alto, como General Salgado, onde também fez descobertas. Juntamente com seus companheiros, ele costuma dar orientações para as crianças que visitam o museu.
“Gosto de falar para as crianças e os visitantes de modo geral sobre o museu e tudo que nele existe. É prazeroso ver o brilho nos olhos das crianças quando estão fitando os objetos que aqui existem. São curiosos e querem saber tudo. Perguntam bastante e é muito legal poder passar para eles as informações que tanto os deixam felizes. É gratificante”.

Tipos de Rocha – Existem dois tipos de rocha nas nossas serras, sendo elas a de Formação Bauru, que é a rocha branca e a Adamantina, que é avermelhada, do período cretáceo, com 70 milhões de anos, é muito, muito dura.

Turismo e Rapel – Cledinei, a cidade hoje é turística, e entre os esportes radicais, muitos gostam de praticar Rapel, o que vc tem a dizer sobre isso? “Quanto a fazer Rapel na serra, existem pessoas que gostam de praticar este tipo de esporte, principalmente porque a cidade está se transformando em turística, porém, eu aconselho um estudo antes sobre o local onde vai se praticar este tipo de esporte devido ao solo existente na serra que é de 70 milhões de anos”.

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