Coluna do Alencar

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Somos um pouco do pedaço da história, do ontem, do hoje e do amanhã, e infelizmente, poucas pessoas pensam em contá-la e registrá-la.
Escrevo neste jornal há quase quatro décadas, desde o tempo do linotipo, do velho chumbo, dos tão esperados clichês, que revelavam as fotos, tão aguardadas pelas pessoas.
Hoje temos pouquíssimas pessoas que se preocupam com isso. Zé Augusto Nascibem, Mauro Cavalete, Professora Carmen Salvaterra, este colunista, que pesquisam, encontram um pouco da história e vão registrando e contado, na medida do possível. Saudade do nosso pesquisador Mor, Luiz Carlos de Vicente.
Uma dia desses, trocando uma ideia com nossa diretora, Denise, em um de meus textos sobre história em que usei o termo jornalismo investigativo, ela, com razão me disse: investigativo, especialmente nos dias de hoje, hoje soa como tentar descobrir algo errado, alguma corrupção etc…. porém o jornalismo histórico não deixa de ser um trabalho investigativo.

Repercussão da Matéria do Lions Clube
Muitas pessoas vieram a mim e comentaram que eu tive uma feliz ideia ao escrever sobre o último baile de debutantes realizado pelo Lions Clube de Monte Alto, que contou a história daquele evento em 1985. Este foi uma trabalho de pesquisa que fiz e aqui me curvo perante a nossa Diretora quando me alertou sobre a palavra investigativo, concordo, pesquisa realmente fica melhor.
Quero agradecer o amigo Orival Fredi pelo material a mim fornecido. Aliás, foi ele o último presidente a realizar este sonho daquelas meninas em uma noite de verão.
Fiquei impressionado com as palavras do também amigo Cau Daneluzzi, que ao lado da esposa, a professora Meire Peloso, foi Presidente daquele importante clube.
Ao ver a matéria, se surpreendeu e disse: “Caramba, eu estava lá. Como o tempo voa…” Costumo dar uma lida rápida no Imparcial, porém, esta matéria me chamou a atenção.
Agradeço também a Professora, hoje vereadora, Dra. Maria Ivochi Coelho que registrou na última sessão ordinária da Câmara Municipal o trabalho feito por este jornalista. Ela também, com seu esposo Cidinho, fazia parte da diretoria do Lions à época; na sessão, repetiu várias vezes elogios à reportagem.
O vereador Donizete Morelli, que por coincidência é hoje o atual presidente daquele importante clube de serviço, estava presente na sessão. Foi o último Baile de Debutantes que aconteceu no Lions e provavelmente, o último de Monte Alto. Enfim, está aí, história de 1985 registrada nesta coluna.

Vencer e Vencer
O dever do jornalista é escrever de tudo, mas antes de tudo, é um contador de histórias, as vezes boas e as vezes nem tanto. Aqui sempre falamos das pessoas, independentemente de cor, raça e posições sociais.
Hoje vou falar de um jovem humilde, seu nome é Daewison Willian do Vale, mais conhecido como “Seis”. Filho de Benedita Maria Isabel do Vale e José Mendes do Santos Neto, seu pai adotivo, que para ele, é um pai exemplar, mais do que muitos pais de sangue.
Tem sete irmãos, dos quais dois junto a ele: Edmilson José do Vale (Sete) e Janaína Aparecida do Vale Borges, ambos professores, sendo seu irmão Sete também empresário artístico. É casado com Andreza Almeida do Vale, com quem teve dois filhos: Pedro Henrique Almeida do Vale e Lívia Aparecida Almeida do Vale.
A vida de Daewison não foi fácil, descendente direto de negro por parte de pai, Daewison do Vale da Silva nasceu em Araçatuba, embora sua família seja de Monte Alto. Mas veio para cá ainda criança, passou um período em Vista Alegre e logo voltou para Monte Alto. Foi criado no bairro Califórnia e também na rua Dante Borghi, nos corredores da chamada Vilinha do Falopa. Soltava pipa, brincava de bola entre outras brincadeiras que geralmente uma criança humilde faz. Sofreu muitos preconceitos por ser negro, isso faz parte da vida, de um país como o nosso, disse e completou: – Você, como nordestino, tenho certeza que também tenha sofrido. Seis sempre trabalhou ‘duro’ desde pequeno, foi funcionário em várias empresas da cidade, porém, nunca deixou de ajudar sua mãe em todas as suas necessidades, o que faz até hoje. Ela e seus esposo têm um carrinho de churros, e vendem em Monte Alto e região.

OS ESTUDOS
Sempre estudou em escola pública. Depois de anos de estudos, chegou a hora da faculdade e Seis prestou vestibular para o Curso de Direito, na Uniara afinal, era uma fundação, e as mensalidades eram mais barata na época. Estudou um ano e meio, mais infelizmente teve que trancar a matrícula por falta de condições financeiras, já não podia pagar as mensalidades. E então, depois de alguns anos, um amigo irmão, o Romulo Chiminelli lhe disse: vamos tentar o Fies, naquele tempo o Governo Federal dava muitas condições a financiamentos para os estudantes mais humildes e foi então que ele consegui financiar seu curso e formar-se em Direito na na Faculdade São Luis de Jaboticabal. Para conseguiur ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, foi interessante, pois ele tinha acabado o curso, faltava apenas entregar seu TCC quando decidiu prestar o exame, sabendo que era difícil, pois é comum pessoas formadas em Direito fazerem até cursinho para esse importante exame, e Seis, com todo seu esforço e sem cursinho, foi aprovado de primeira para surpresa de muitas pessoas, inclusive professores e colegas.
Vale registrar que Seis contou a este colunista que no ano de 1994 perdeu seu avô, José do Vale, que já havia partido quando ele chegou no apartamento 41 da Santa Casa, e não teve tempo de agradecer-lhe por tudo que fez, porém, fez uma promessa naquele momento, nunca revelada a ninguém, de que um dia, passasse o tempo que passasse, iria ter seu diploma profissional. E promessa foi cumprida, ele conquistou sua profissão de advogado.

O futuro advogado Daewison do Vale, com sua família: exemplo
de que a dediação e o esforço valeram a pena na busca de um ideal

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