Festa de Agosto – Mais de um século mantendo as tradições – Esta semana estava lendo a edição do Jornal a Comarca do ano de 1920, ou seja, praticamente um século atrás, a qual, no próximo ano, se Deus quiser, pretendo doar ao Museu Histórico de Monte Alto. Uma das notícias que me chamou a atenção foi a que anunciava os festejos do Padroeiro da cidade, o Senhor Bom Jesus, ou seja, chamava para a Festa de Agosto daquele ano.
Passeando na História
Como todo jornalista é um contador de histórias, essa coluna escrita por mim não poderia ser diferente. Seu próprio nome já diz: Minha Terra e Sua Gente. Voltando a falar da leitura do jornal centenário, eu pensei: “Caramba, nesta edição do Imparcial vou contar um pouco da história da Festa de Agosto”. O leiloeiro Sudano costumava dizer, segundo narrativa de festeiros mais antigos: “A Festa onde as amigos se encontram”. A foto abaixo, registrada no ano de 1953, foi publicada no grupo Túnel do Tempo.
Algumas narrativas
Uma vez entrevistei o Senhor Nagib Elias, que me disse: “Nós, da colônia árabe de Monte Alto, fazíamos uma enorme mesa só de patrícios na Festa de Agosto e ficávamos falando do Líbano, da Síria contando as passagens de nossas famílias. Citava as famílias Haddad, Bahdur, Buchalla, Geradi, Kairala, entre outras. “Nós éramos muito unidos… Bons tempos, dizia Nagib, com ar de saudade daquelas Festas de Agosto que marcaram suas histórias.
A famosa galinhada da Festa de Agosto
A Festa de Agosto, no quesito de alimentação passou por muitas transformações ao longo do tempo. As comidas mudaram, algumas permanecem e as pessoas seguem apreciando os quitutes da festa. Surgem novos pratos, novas receitas etc. Porém, nestas últimas décadas, um prato foi consagrado pelo público, a galinhada da Festa de Agosto, feita por Toninho Fiorentim (Cuca Fresca) e sua equipe, que assim como todos demais barracas, trabalham voluntariamente para ajudar a Festa.
Barracas de Comidas Típicas – eterna Tradição
Como disse acima, a Festa de Agosto mantém sua tradição e também surgem novidades com o passar do tempo, como no caso das barracas: muitas se mantiveram e tantas outras surgiram, como por exemplo, a barraca japonesa e chinesa, a barraca da codorna assada, entre outras.
Eu circulo por várias festas da região, até porque faço parte de uma banda, a Seresteiros do Samba, e tocamos em diversas cidades e eu nunca vi barraca de codorna. E a Pizza de frigideira ou caçarola como se diz no nordeste, é feita em pouquíssimas cidades, porém, começou aqui, há um século. E tantas outras mais, que se eu for falar de todas, não caberia nesta edição. Por isso resolvi contar e mostrar através de fotos, para que os jovens saibam um pouco da história da Festa de Agosto, do Nosso Povo e Sua Gente.
