De homo sapiens, para “homo ignarus”

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Não sei o que nos espera daqui a alguns anos. Não sei qual será o tipo de indivíduo que iremos interagir socialmente no futuro. Todavia, posso deduzir o nível intelectual e cultural desse homo sapiens que ocupará a sociedade. Não afirmo também que a denominação “ sapiens” ainda fará parte da evolução humana. Estamos caminhando mais para regresso do que para o progresso intelectual. “ Desvolução” de uma sociedade aculturada e refém de uma tecnologia que sufoca o verdadeiro intelecto. Vejo a decadência do pensar, do argumentar, da interação humana e dos amores conquistados pelas palavras. De homo sapiens, estamos caminhando para o “homo ignarus” (homem ignorante). Com tanta inteligência artificial, a inteligência natural tem se dissipado na comodidade do fácil, do rápido e do instantâneo. O indivíduo já não pensa mais. Virou escravo das telas e das teclas. É manipulado pelos algoritmos que sabem mais dele do que de si mesmo. A sociedade vendeu a sua alma para a tecnologia. Não só a alma, mas também o intelecto.

Vejo, no futuro, o homem se digladiando por conexão. Não a conexão humana ou com a natureza, mas sim pelo “wi-fi”. Haverá guerras por satélites. Antes nos preocupávamos com a falta de água, com o desmatamento e com as causas sociais. Hoje a preocupação é não deixar o celular descarregar e ter uma boa conexão. O homem tem se conectado com o mundo, mas não tem se conectado consigo mesmo e nem com o outro. Os vícios mudaram. Estamos viciados em vídeos fúteis que empobrecem o nosso cérebro. Damos risadas da desgraça do outro. Assistimos a gravações de vídeos nas quais mães perdem os seus filhos e filhos perdem suas mães. Isso no choca e nos coloca dentro de uma bolha e da utopia de vida que estamos levando.

O homem se tornou frio e incalculável. Acham que viralizar é motivo de felicidade. As exposições chegam ao ridículo, porque sabem que esta ridícula sociedade o assistirá sempre. A banalidade superou o gosto pela boa música, pela arte e cultura. Não se consome mais arte. Consome-se mediocridade. Fruto da ascensão de uma tecnologia ambígua e covarde. Eu sinto é pena daqueles que trocam os livros pelas teclas e pelos botões de “ play”. Não sei se ainda há tempo para mudar alguma coisa. O que sinto é pena. Pena dos miseráveis que consomem conhecimento. Estes serão engolidos pelo futuro que se aproxima.

 

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