Desalmados? Não! Esquecidos

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Por trás de um homem que mora na rua, que pede centavos de dinheiro para sustentar o seu vício do álcool ou da droga, há um indivíduo com o histórico pessoal-familiar abastado de problemas, lágrimas e tristezas. O ser humano, quando está no fundo do poço e que já não enxerga mais a esperança, afoga-se naquilo que lhe tira do mundo real para viver na fantasia alucinógena que o efeito das drogas proporciona. O vício é o único momento de felicidade que um homem carregado de fantasmas tem.

Shakespeare dizia que “só os mendigos conseguem contar a sua riqueza”. A felicidade de um morador de rua é o alimento que lhe dão e o vício que lhe sustentam. Estas são as suas riquezas. São seres desprezíveis perante uma sociedade materialista. Seres invisíveis que aparecem somente quando incomodam. Desalmados? Não! Esquecidos. Ali, parece não ter alma. Parece! Surgem como um morto-vivo sedento por centavos de dinheiro. Dinheiro! Pequenas moedas desprezíveis que ficam no console do carro e que tem grande valia para quem precisa sair do mundo real e esquecer os problemas que a vida coloca no caminho. Por incrível que pareça, são seres humanos. São pessoas que perderam a dignidade, família, esperança, casa, filhos, emprego entre outras coisas. Por trás de um homem cheirando a álcool tem um homem sangrando por dentro. Eles já não choram mais porque as lágrimas já estão escassas. Há tantas histórias naquelas pernas que se cruzam que a sociedade só enxerga o que lhe convém. Os estereótipos são muitos. O olhar de ojeriza que as pessoas têm sobre eles é o mesmo que se tem ao se deparar com certos monstros. Entretanto, na verdade, os verdadeiros monstros somos nós que nada fazemos para melhorar a situação, que não damos um prato de comida, que não procuramos o poder público para se fazer projetos que tirem essas pessoas da rua. Nós somos os monstros.

Eles, os mendigos, só não enxergaram ainda a nossa monstruosidade porque estão constantemente sob os efeitos do álcool ou da droga. Se um dia eles passarem dentro da sua sobriedade, irão perceber que o mesmo fantasma que os consomem por dentro é o mesmo que a sociedade vive na concretude de um mundo carregado de hipocrisia e empanturrado de falácias venenosas. A língua mata mais que o próprio vício.

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