É inacreditável, mas é verdade!

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É muito triste! É desumano! É inacreditável!
Na família construímos tudo de bom.
Mais um caso a vocês, caros leitores e leitoras. Em um dos nossos Encontros de Rua, ouvimos esta história de tristeza – queria deletar, mas não consegui. Doze pessoas nesta noite também ouviram, e por mais que não acreditasse, mais eu sofria por dentro.
Pai e mãe conceberam seu filho – a esposa desejava uma menina, mas o pai pedia um filho homem.
– Ou ele ou ninguém, dizia o pai.
E a mãe, aos prantos, pedia aos céus: o que farei?
Os exames do postinho constataram mesmo um menino. E o clima desagradável se inicia naquela casa. O bebê nasceu – era Marcelo.
Contava Marcelo a nós todos: nada dava certo naquela casa após plantarem a semente de mais uma vida. A falta de carinho era visível a todos.
Marcelo, relatando o caso, fazia descer lágrimas de meus olhos: Fui crescendo e nada de carinho. Daí a distância entre pai e filho. O menino fazia de tudo para agradar o pai, mas ele nem seus braços estendia para o abraço e o colo. Os tombos, as tarefas da escola, os machucados ali no quintal – nada de pai.
– Meu pai queria um homem, mas não me dava carinho. Eu não entendia. Eu estudava muito e na escola era exemplar, era gentil com as pessoas. Pedia a bênção ao meu pai, mas ele nunca respondeu: – Deus te abençoe!
Eu ajudava minha mãe nos serviços domésticos – para meu pai isso era a morte. Irredutível e antipático, achava ser eu, seu filho, uma desgraça. Ele queria outro tipo de filho e deste jeito não dava.
Eu já era grandinho, adolescente, quase jovem, e carinho só da minha mãe… (pausa). E entre lágrimas, continuou: Eu já com 13 anos – e daí meu pai me enxergou.
Ele não me via como um filho, mas sim um a mais naquela casa, dizia Marcelo.
Amigos de meu pai? Só bandidos (reparei nisso depois do meu aniversário). Mas eu amava meu pai, mesmo com suas companhias que não me agradavam.
Numa noite ele me chamou para acompanhá-lo. Era para um roubo (por isso me criou deste jeito).
– Pegue a sua mochila da escola e me acompanhe, disse o pai.
– Uma faca entrou no meu peito! Eu que esperava ser chamado de “filho”, agora dá um assobio para eu subir o morro!? Áspero, grosseiro, mandão, olhar resolvido, não falou duas vezes.
Ouvi dele as recomendações para roubar: atrair a atenção das pessoas que passavam não deixando perceberem o que iria acontecer.
Eu não queria isso para mim. Diante de tudo, o que diria minha mãe? E assim muitos roubos, muitos encontros com bandidos, muito sobe e desce o morro.
E hoje, meus queridos, passados bem alguns anos, o abraço do meu pai não veio, meus braços cansados pelo peso, não dos livros, mas de produtos de roubo, e ainda tê-los que esconder e vender. Não tinha sossego à noite.
Mas, há três anos, hoje tenho 21, saí desta vida porque meu pai faleceu. A vida dele não foi boa e a minha também não. Agora estou livre, não me escondo mais. Trabalho como servente de pedreiro e à noite fico com minha mãe. A escola abandonei (…de vergonha).
– (e com todas as letras Marcelo diz…).
– Não quero mais falar disso. Eu sou limpo. Agora sou de Deus. Agora minha família são vocês.

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