Educação financeira

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Há uma cultura tão enraizada – estereotipada, é claro – de que para ser bem quisto e visto com bons olhos aqui no nosso país é preciso ter um carro na garagem (financiado) e uma casa própria ( financiada ). Este é o perfil do brasileiro da classe média e o sonho do sujeito periférico. Se ele possui estes itens, está estabilizado na vida.
É o seu auge. O triunfo de todo o trabalhador: casa e carro próprios. É o desejo de muitos. Pagar por um veículo durante cinco anos e por um imóvel por 20 anos. É a cara a felicidade para os bancos e uma preocupação eterna para os trabalhadores brasileiros. “Mas se não for assim, não tenho nada”. Essa é a frase que sempre ouvi durante a minha vida e que a apliquei até começar uma viagem literária sobre o mundo das finanças. Desviei um pouco o olhar do mundo da poesia e dos romances para me aprofundar no mundo da economia e dos investimentos. Pensei: “Meu Deus, por que não aprendi este mundo das finanças na escola? Por que este assunto é tão distante da educação brasileira?”

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias brasileiras endividadas chegou a 70% neste ano de 2021. O maior nível em 11 anos. É lastimável. Preocupante. Ainda mais quando se vive numa pandemia onde a escassez do trabalho, da fome e da miséria chegou a números alarmantes no Brasil e no mundo afora. Já passou da hora de falarmos sobre o assunto.

Não se trata de inserir no currículo uma aula que ensina como se deve enriquecer, mas sim como não cair no poder sedutivo de financiadoras, de evitar gastos abusivos, de entender as diferenças entre bancos, bancos digitais e corretoras. A arraigada história de quebrar a cara – e o financeiro – para depois aprender a administrá-lo que, ultimamente, temos visto mais caras quebradas do que pessoas administrando. Não precisamos passar pelo tormento das dívidas para aprendermos a economizar o dinheiro e a conduzi-lo de forma correta. A escola pode fazer isso. Pode ensinar o valor dos juros na prática, falar de bolsas de valores, de corretoras, das taxas abusivas do financiamento e, principalmente, aprender a poupar e administrar o que ganha. É um interesse do povo e um desinteresse de quem quer ganhar em cima do povo que desconhece economia. Ou batemos de frente, ou nos endividam!

Eduardo Costa é formado em Letras/Inglês pela faculdade de Educação São Luís de Jaboticabal, onde também cursou pós-graduação em Língua Portuguesa. Músico, compositor, poeta e escritor, exerce sua profissão lecionando nas escolas do setor público, municipal e privado. E-mail: ticodacosta9@gmail.com

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