Ensinar a perder

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Nas últimas décadas, o modelo tradicional da família passou por importantes alterações assim como o desenvolvimento, o acesso à informação e à educação também trouxe novas prioridades e diferentes formas de enfrentar as situações da vida. Acompanhando estas mudanças, o relacionamento familiar e a educação também mudaram e grande parte dos pais tenta entender e se adaptar a estas mudanças.

As dificuldades para impor limites aumentaram – o que causa grande apreensão nas pessoas quanto ao futuro dos filhos – a falta de limites talvez seja uma das grandes questões que encontramos nos dias de hoje em se tratando de educação. Atualmente, os pais precisam discutir e negociar o que antes eram encarados como ordens definitivas. Abrir espaços para trocar idéias, ouvir os filhos e discutir situações não negativo desde que fique claro que, depois da discussão, são os pais que tem a palavra final.

Esta dificuldade em impor regras e limites está diretamente relacionada à capacidade das crianças de entenderem e aceitarem as perdas e frustrações. Aprender a lidar com o insucesso é fundamental para livrar-se de apuros na vida adulta.

É preciso ensinar os filhos a perder, pois, se há uma certeza na vida é que em algum momento iremos perder. Lidar com as insatisfações desde pequenos evita que, quando isto acontecer, se torne algo inaceitável e destrutivo.

Nos dias de hoje, a filosofia do ganhar sempre parece colocar as situações de perda como impossíveis e vergonhosas e, às vezes, é preciso lembrar coisas muitos simples que as pessoas parecem ter esquecido: é através das derrotas e dos insucessos que aprendemos, que amadurecemos, que ganhamos internamente e também que criamos recursos para encontrar novas soluções e traçar caminhos futuros.

Quando a criança é permanentemente satisfeita, consegue tudo que quer e quando quer, impedimos que ela entre em contato com a frustração e isso vai ser determinante em sua formação. Entender que jamais existirá a satisfação completa, que vamos perder em muitos momentos e que vamos ter que encarar a frustração, a angústia e a sensação de impotência das perdas necessárias, faz parte do desenvolvimento normal e saudável do processo humano.

No fundo, os pais sabem que os filhos não permacerão com eles por toda vida, que irão seguir seu próprio caminho e construir suas próprias relações e vínculos afetivos – embora muitos relutem em aceitar este fato. E não é certo com as crianças que elas tenham que carregar e suportar a angústia de não corresponder às expectativas dos pais.

Pensando-se em todas as diferentes estruturas do grupo familiar podemos concluir que o mais importante é a capacidade dos pais permitirem que os filhos cresçam. Esse é um bom ambiente familiar, independente do desenho de cada família.

Na sociedade moderna, onde o importante é conseguir cada vez mais, não percebemos que, desde muito cedo, massacramos nossas crianças com a idéia de vencer – sempre e a qualquer custo – para se tornar um sucesso na vida. E colaboramos para a inversão de valores – situação com a qual todos perdem de uma forma ou de outra – onde o que possuímos passa a ter mais valor e importância do que aquilo que somos.

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