Há uma defasagem muito grande nos cursos de licenciatura pelas faculdades do país. A procura pelas áreas que envolvem a educação tem caído drasticamente, exceto o curso de pedagogia. Sendo assim, para poder atrair alunos, há entidades que estão optando em exercê-lo através do EAD ( ensino a distância ).
Diante dessas situações, deixo aqui algumas perguntas para refletirmos sobre: até quando esse tipo de ensino é viável para aqueles que o procuram? Qual seria o impacto que esses profissionais, depois de formado, causariam ao se depararem com a realidade de uma sala de aula? Como ele faria para lidar com alunos de inclusão? Será mesmo que temos que aceitar profissionais que adquiriram seu diploma através de um EAD?
Vou dar a minha singela e humilíssima opinião: isto é um retrocesso educacional. É simples refletirmos sobre. Basta pensarmos na má qualidade de ensino que temos. Se nem mesmos os profissionais, nem todos, obviamente, formados nos cursos presenciais onde há vários estímulos, convivências e atividades pedagógicas são capazes de proporcionarem um ensino de qualidade, imaginem aqueles formados à distância? Não posso expelir falácias que soam negativamente sobre este tipo de ensino sem ter passado pela experiência do mesmo.
Acontece que a realidade tem nos mostrado o assunto em pauta. Ela quem está colocando em xeque este tipo de aprendizado. Outro fato que temos que considerar nesta questão, é a validade do diploma. Suponhamos que você é dono de uma escola privada. Há dois currículos em sua mão para uma determinada área na docência. De um lado você tem um profissional formado pela faculdade X, onde o curso foi feito 100% presencial, e do outro lado um profissional que se formou no sistema EAD. Sejamos sinceros, qual você escolheria? Não há dúvidas que escolheríamos aquele que estudou presencialmente. Até porque as grandes escolas procuram bons profissionais, com boa formação e se possível, experiência na área. Entretanto, não posso generalizar que todos os profissionais que se formam neste sistema de ensino não servem para o mercado. Assim como há muitos profissionais sem qualidade, porém com ótima formação, há aqueles com pouca formação, mas que exercem a função divinamente. O grande problema desses bons é a forma como ele procurou o curso superior. Querendo ou não, há um estereótipo em relação a isso. Consequentemente, acaba afastando-o do cargo que ele exerce e acima de tudo daquilo que ele ama fazer.
Devemos, seriamente, pensar sobre o assunto do EAD voltado à área educacional. Se aceitarmos tutti quanti, seremos um brutum fulmen nas questões educacionais que nos cercam.
