Escolas fechadas, escolas abertas

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De Fato, somos um país democrático. A cada quatro anos, exercemo-na a democracia, o compromisso com o voto e a nossa cidadania para eleger os representantes municipais, estaduais e federais. Este ano foi uma eleição atípica. Uma campanha atípica. Percebemos, ao longo desta, algumas incoerências em relação ao que pode e que não pode neste momento pandêmico que estamos vivendo. Escolas fechadas, escolhas abertas.
Pessoas pegaram em santinhos e em projetos de governo, mas os alunos e professores não puderam pegar em livros e cadernos. Pessoas pegaram em bandeiras partidárias, mas dentro da escola não havia quem hasteasse a bandeira nacional. Cantaram as músicas de seus candidatos, mas não permitiram que as crianças cantassem as cantigas dentro da escola. Vestiram camisas de campanha, mas não deixaram os alunos vestirem os seus uniformes escolares. E por último, o golpe fulminante, as escolas foram abertas para a eleição, entretanto foram fechadas para a educação. As aglomerações foram nítidas no dia em que fomos cumprir nossa obrigação. O vai e vem de eleitores, a falta de distanciamento e as comemorações pós eleições. Pasmem! Ah, se essa vontade de democracia atingisse a educação!
Fico me perguntando qual é a verdadeira luta para a educação. O que realmente importa para um país que quer ascender como nação. Penso naquela criança sem tecnologia, celular e sem internet. Penso na forma como ele foi excluído destas aulas remotas, assíncronas e síncronas. Os poderosos, parece-me, tiraram o direito das crianças e adolescentes estudarem, mas não tiraram o direito de votar. Creio que o voto é mais importante que o lápis. A campanha é mais importante do que um livro e os resultados das eleições são mais importantes do que os medíocres resultados que o Brasil tem – nacional e internacional – no quesito educacional.
Nós, os professores, vamos tecendo um futuro incerto, mesmo assim o fazemos. Não dá para pensar em inclusão social num país onde há tecnologia para se votar enquanto faltam computadores na maioria dos lares brasileiros. É desanimador pensar que democracia só existe na política, onde, na verdade, ela deveria estar inserida nas escolas que foram fechadas pelas mesmas questões. É desesperador pensar que muitos dos futuros eleitores, por falta de educação, desconhecer-se-ão o verdadeiro significado de democracia, mas sempre ouvirão o vocábulo política.

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