Estamos doentes?

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Não há como negar que o acesso que hoje temos ao conhecimento e às possibilidades de tratamento na área da saúde mental nos possibilitou inúmeras melhorias na qualidade de vida e no reconhecimento da importância de nossa saúde emocional.
Tanto na psiquiatria, quanto na neurologia e na neuropsiquiatria e em todas as áreas de tratamentos psicoterapêuticos, assistimos a um progresso muito grande se tratando da identificação das doenças emocionais e nas possibilidades de tratamentos que podem ajudar as pessoas com estas dificuldades.
Mas, também não há como negar que nunca tivemos tantos casos de depressão, por exemplo, e também um altíssimo número de pessoas medicadas para os ditos problemas emocionais: um tranquilizante para dormir, um ansiolítico para acalmar ou um antidepressivo para ajudar as suportar as mazelas da vida.
É inegável que um número grande de pessoas com transtornos emocionais encontram, hoje, uma chance muito maior de serem compreendidas, de terem seus transtornos emocionais diagnosticados e tratados, aliviando o sofrimento que estas doenças trazem e melhorando a qualidade de vida destes pacientes.
Por outro lado, também ficou muito fácil tentar encontrar soluções para as frustrações naturais e necessárias da vida, para nosso cansaço e também para os problemas normais, nos comprimidos.
As crianças não estão fora desta realidade. É fácil demais encontrar, em uma sala de aula, mais de uma criança medicada para hiperatividade e déficit de atenção, por exemplo. Não que estes casos realmente não existam, mas a facilidade com que estes diagnósticos aparecem é, no mínimo, preocupante.
Parece que ficou muito mais fácil encontrar um rótulo para cada coisa que sentimos e o remédio correspondente para dar conta desta situação. Parece que ficou mais cômodo chamar de doença o que pode ser uma fase difícil que enfrentamos, um problema que exige uma demanda emocional maior ou mesmo uma tristeza por algum momento ruim pelo qual passamos.
Não estamos aqui para criticar e nem para defender o uso de medicação e muito menos para negar a existência de vários e comprometedores transtornos emocionais. E, sim, para alertar e levar à reflexão sobre a forma como estamos procurando solucionar nossos problemas e a facilidade como tudo se encaixa em algum tipo de doença e seu respectivo remédio.
Transtornos emocionais reais podem e devem ser tratados com seriedade e comprometimento. Tratamentos em saúde mental são tão importantes quanto o tratamento das doenças físicas.
Agora, identificar toda dificuldade emocional como um transtorno e buscar medicação para isto nos afasta, cada vez mais, do amadurecimento emocional e da busca pelo nosso crescimento interno. Quanto mais entendermos isto, quanto mais nos conhecermos, mais teremos recursos para buscar nossa saúde emocional e nosso equilíbrio.
Vivemos em uma fase histórica em que tudo nos leva a acreditar que não podemos ficar tristes ou desanimados e que temos a obrigação de ser felizes e realizados o tempo todo, o que gera uma grande insatisfação: não conseguimos ser felizes porque acreditamos que tudo tem que ser perfeito ou porque estamos sempre esperando que algo aconteça, que algo mude ou melhore. Porque esperamos sempre mais. Porque o pouco não basta.
E como o sofrimento, a frustração e a decepção sempre existirão, porque isto também é vida, corremos o risco de continuar eternamente doentes, esperando por algo que pode não chegar porque a única coisa que realmente temos é o que vivemos Agora.

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