Eu, o escriba

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Sou o amarelo das campinas em tempos de seca, mas me regenero com uma única gota de água. Sou como a natureza que destroem, mas que volta mais forte e imponente com as tempestades que a banham. Meu sinônimo é a resiliência. E para ser isso, é preciso passar pela tristeza, pelas perdas e quedas. Ninguém aprende a viver apenas de sorrisos. Ele é essencial, entretanto as lágrimas te ensinam e te educam mais que uma felicidade estampada no rosto. Para viver, é preciso passar por ambos. É preciso senti-los. Na vida, amor e dor caminham lado a lado. Guerra e paz também.  Para aprender a amar, precisamos cair: em lágrimas, em desespero, em sofrimento. Grandes nomes da história deste mundo não conquistaram porque tiveram sorte. Suas conquistas se devem as suas tentativas frustradas de viver, de amar e de prosperar. Este é o ciclo do homem. Se ele quer ascender, primeiramente, cairá por diversas vezes. E se desistir é porque a vida que ele escolheu não era para ser. A vida é para os fortes e ela cobra muito mais do que pensamos.

Não posso dizer que este foi fatídico. Eu seria muito ingrato com a vida e com a lição que ela me deu.  Perdi minha avó e a minha querida mãe num intervalo de vinte dias. Perdi muitos amigos que não chegaram aos quarenta. Eu busquei o equilíbrio e procurei a reflexão. Nada é para sempre. O eterno não existe. As lembranças são imortais. As cicatrizes são essenciais. São nelas que olhamos para o pretérito e fazemos a seguinte conclusão: Sofri, mas sobrevivi.

Quem não carrega cicatrizes antes dos quadragésimo aniversário, sofre com as que virão depois disso. Ainda carrego algumas feridas, mas sei que se cicatrizarão. E as contemplarei com sabedoria. Eis aqui um órfão de “pai”, mãe, avôs e avós. Eis aqui um ser humano que aprendeu muito com aqueles que se foram e que tenta passar todo o legado de amor, resiliência e fraternidade para aqueles que ficaram e que caminham ao meu lado. Eu sou fruto de um amor materno inigualável. Sou a herança de uma mulher guerreira que lutou bravamente com a vida para sustentar filhos e agregados. Sou o patrimônio de um amor de mãe que zela pelos filhos, pela bondade e pela solidariedade. Este sou eu, o escriba. Aquele que tu leste por essas linhas sem saber da minha verdadeira história. Agradeço-te pelo tempo e pela companhia.  Sou aquele que tu lerás no próximo ano. Sou aquele que te surpreenderá. Sou aquele que, de certa forma, levará palavras de conforto e te chicotearei com a realidade. Eu sou o escriba. Até breve!

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