Frustrações, perdas e persistência

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É fundamental para o desenvolvimento humano e social que tanto os adultos quanto as crianças aprendam a lidar com os sentimentos de perda e de frustração. Começamos a ter contato com estas duas situações desde o início da vida quando, ainda bebês, percebemos que não temos nossa mãe à nossa disposição e que o choro não é sempre prontamente atendido.
Nesta fase, a retirada da amamentação no peito, a inclusão de uma terceira pessoa na relação mãe-bebê (que geralmente é quando a criança se dá conta da existência do pai) e a separação desta criança de seu ambiente, quando é colocado em um berçário ou escolinha, por exemplo, são as primeiras perdas, naturais, vivenciadas.
É a partir do convívio com outras pessoas fora do ambiente familiar, da compreensão que existem regras e limites neste convívio e das perdas e frustrações nas brincadeiras e jogos que estas crianças começam a entender e lidar com as frustrações. E isto é, a princípio, bem difícil porque quem gosta de perder? Aliás, quantos de nós sabem perder?
Quando falamos de perdas, não falamos exclusivamente de morte. Falamos das pequenas perdas que temos todos os dias e que são inerentes à vida, as “perdas necessárias”. São atitudes, ações, desejos, relacionamentos que, por algum motivo, vamos deixando de realizar ou mudam de rumo e que, na maioria das vezes, causam as frustrações tão incômodas.
Um grande amigo pode se mudar para um lugar distante, um filho deixa a casa da família, o trabalho não se concretiza como esperávamos. Uma pessoa que não age corretamente, uma mágoa que alguém causou e não aceitamos. Estas são algumas das frustrações comuns que vivemos e nos ensinam a aprender com as ausências, tolerar as frustrações e, mesmo assim, construir novas possibilidades para o futuro.
Faz parte do movimento da vida traçar objetivos e construir um caminho para nossa realização pessoal, para os problemas do trabalho, para o cansaço da vida, para os conflitos familiares e para as pequenas perdas, também.
Ensinar isto para nossas crianças desde cedo não é fazê-las sofrer menos, já que adultos continuaremos a lidar com todas estas emoções. Ensinar isto para nossas crianças é lhes mostrar as ferramentas para que entendam que perdas e frustrações nos esperam pelo caminho e são necessárias, pois fazem parte de nosso crescimento.
O que mais precisamos está dentro de nós. Este é o grande segredo – e ao mesmo tempo o mais simples – que temos tanta dificuldade em aceitar: o mais importante está dentro de cada um.


Dra. Luciene Pugliesi Rebonato, Terapeuta Ocupacional, Especialista em Psicopedagogia Clinica, Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Contato: 3242.3493 ou lurebonato@yahoo.com.br

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