Gentileza gera gentileza

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Mesmo que eu viva cem anos, nunca conseguirei compreender a linha de raciocínio de pessoas grosseiras e mal-educadas. É tão fácil e tão prazeroso ser gentil e tratar bem as pessoas, por que, para alguns, isso parece tão difícil?

O tempo que se leva para dar uma resposta grosseira é o mesmo que se levaria para responder com simpatia e gentileza. Às vezes, para se responder bem, o tempo é até menor, pois a grosseria acaba despertando réplicas, a depender de quem a recebeu e, um assunto que poderia ser resolvido com uma frase, pode acabar em um bate-boca enorme, com gritos, palavras chulas e, às vezes, até agressão física.

É muito comum ouvirmos pessoas que dizem: “Eu sou muito bonzinho (boazinha), desde que não pisem no meu calo!”. A quem tenta enganar quem pensa assim? Se uma pessoa é bondosa, ela será bondosa sempre e a reação dela não dependerá do que ela estiver recebendo. Porém, se você só é gentil com quem te agrada e te adula, quem, de fato é você?

Quando damos uma resposta atravessada para alguém ou fazemos uma exigência desmedida (geralmente para pessoas que exercem alguma função subalterna), estamos tentando mostrar que somos superiores, que sabemos mais ou que podemos mais.

Esse tipo de situação pode acontecer até numa conversa trivial, numa roda de pessoas discutindo sobre um assunto qualquer. A discussão mela quando alguém quer se destacar e colocar o seu ponto de vista acima dos demais.

Acontece também na família, entre casais. A convivência é a arte de ceder, de ouvir o outro, de considerar pontos de vista diferentes dos nossos. Não é fácil, mas, é necessário.

Em convivências mais estreitas, quando temos alguém que se julga o “rei da cocada preta”, normalmente do outro lado vamos ter uma pessoa submissa que, com o tempo, acaba acreditando que é inferior ao outro, de tanto ter as suas expressões desvalorizadas.

Isso caracteriza os relacionamentos tóxicos, nos quais pode estar presente a ironia, o sarcasmo e a opressão. É o que se chama de comunicação violenta. Devemos procurar evitar relacionamentos desse tipo o quanto pudermos, pois, conviver com uma pessoa que tem necessidade de provar que está certa o tempo todo é extremamente desagradável.

Mas, no dia a dia, quando lidamos com pessoas que conhecemos pouco ou que nem conhecemos, nem sempre podemos ser tão seletivos, pois a grosseria pode vir de um cliente num restaurante, numa loja, ou de um atendente, um médico, uma enfermeira, alguém no trânsito, um colega de trabalho.

Minha mãe sempre dizia que “quem vê cara, não vê coração”. E eu costumo pensar que tem pessoas que, de boca fechada são lindas e elegantíssimas, mas, quando se manifestam, misericórdia! Não dá nem pra ficar perto.

Eu gostaria de ser uma pessoa mais zen ou mais desencanada e, diante de alguém de mal com a vida (e, obviamente, consigo mesmo) ficar calma e apenas sair de cena, mas, confesso que ainda estou muito longe da santidade e, se me controlo para não mandar a pessoa… (palavrões), nem sempre consigo deixar de responder, na tentativa de fazer com que ela veja o quanto está sendo ridícula.

Só que não adianta. Os que se acham superiores e donos da verdade, sequer vão te ouvir e, se ouvirem e se sentirem ofendidos ou depreciados, aí que vão pegar mais pesado ainda, pois só se sentem bem depois de esmagar o ego do outro.

Dia desses um amigo querido me mandou uma figurinha com a seguinte frase: “Senhor, dai-me paciência, porque, se me der força, vou bater em alguém”.

Pois que assim seja! Que Deus nos dê muita paciência com os arrogantes, com os petulantes e com os sem noção. E que nos libertemos do desejo de discutir com quem gosta de arrumar encrenca.

Além dos grosseiros que encontramos aqui fora, a internet está repleta desses tais. Por isso que, aos poucos, eu venho construindo a minha “ausência digital”, usando as mídias só para as publicações essenciais, de trabalho. Quiçá, eu possa diminui-las, diminui-las, até chegar ao ponto de usar o celular apenas para fazer e receber ligações e como despertador, pois, mesmo que não entremos em discussão com os narcisistas de plantão, acompanhar as tretas entre uns e outros, já é o suficiente para nos tirar a paz.

E procuremos não nos esquecer: gentileza gera gentileza.

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