Somos todos contadores das histórias de nós mesmos. Contamos por meio de palavras, gestos, atitudes e pensamentos. Contamos até mesmo através do silêncio – um olhar, uma expressão, uma postura, uma atitude. Conhecer nossa própria história e a do outro nos faz encontrar semelhanças onde antes havia somente diferenças. Nossas histórias nos aproxima e nos faz perceber que somos mais parecidos uns com os outros do que imaginávamos.
Cada vida tem sua trajetória e a cada novo dia mais um capítulo é acrescentado aos nossos livros pessoais e intransferíveis. E cabe a cada um buscar conhecer e resolver os acontecimentos e os conflitos.
Nossa história nos presenteia com uma identidade, uma personalidade e um caminho. Conhecendo e entendendo de onde viemos, como vivemos, quem somos e quem são nossos antepassados – quais eram suas condições e prioridades de vida, quais foram as expectativas criadas para nosso desenvolvimento – entendemos melhor nossas ações e reações, nossas habilidades e fragilidades, nossos conceitos e preconceitos.
Assumindo nossa história e conhecendo nossos caminhos somos, também, capazes de identificar e modificar situações das quais não gostamos ou que gostaríamos de mudar.
A história de cada um não se muda nem se troca – não a que já foi vivida. O que se muda é o que podemos fazer daqui por diante, como vamos reagir aos acontecimentos passados e como queremos continuar construindo nosso futuro.
As histórias mais tristes ou menos favorecidas não são sentenças para um futuro comprometido, pois, cada pessoa tem dentro de si a capacidade de mudança, de adaptação, de aprendizagem e de crescimento infinito.
Alguns enxergam e conseguem aproveitar isto com mais facilidade, outros precisam ser orientados a olhar e alguns podem levar algum tempo para compreender, com ajuda, todo este emaranhado de fatos que compõem a trajetória humana.
E na busca pela compreensão de nossa passagem por aqui, muitas vezes, encontramos incertezas e vazios e ainda assim a vida segue em frente cheia de possibilidades de preencher estas lacunas através da criação dos vínculos interpessoais e da autorreflexão que nos ajuda a encontrar algum sentido para tudo isto.