Literatura Infanto-juvenil

Facebook
WhatsApp

A era digital nos proporcionou muitas facilidades e oportunidades, como estar em contato com qualquer pessoa no mundo, fazer negócios, estudar online, ter o conhecimento na palma da mão.

Porém, também afastou nossas crianças e jovens de muitas coisas importantes para o desenvolvimento humano, como o hábito da leitura e a escrita, o contato com a natureza, o vínculo presencial.

Muitas crianças, muitas mesmo, chegam hoje ao ensino fundamental 2 sem fluência leitora, sem entender um texto com clareza, sem saber interpretar uma informação e isto irá interferir no desenvolvimento futuro dos nossos adolescentes e jovens.

Incentivar a leitura desde cedo é um hábito que todos os pais deveriam se empenhar em cultivar – “ quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”.

Para incentivar todos que me acompanham a olhar para esta importante questão e estimular nossas crianças e jovens, segue o texto da Alice, de 13 anos, vencedora do concurso de redação do Colégio Visão Anglo de Monte Alto.

Uma jornada para longe da miséria

O ano era 1824 quando eu, meu marido Ernesto e Giovane, minha bebê de dois anos, embarcamos no porto de Florença em um enorme e intimidante navio vermelho.

Homens armados chamados portugueses nos prometeram trabalho em uma terra chamada Brasil e nós, que estávamos nos afogando na miséria, aceitamos.

Mal sabíamos, porém, que a pobreza do nosso país seria preferível àqueles dias dentro do casco. Tempestades violentas ocorriam todas as noites e nós não tínhamos aonde ficar além de um colchão fajuto no porão do navio, onde dezenas de outras famílias também se abrigavam.

Os tremores e balanços faziam Giovane chorar e me enjoavam. No terceiro ou quarto dia soldados entraram no porão e levaram embora todos os homens dizendo que eles deveriam “defender o Portuguesa”. Um tempo depois nós, mulheres, descobriríamos que eles, na verdade, fariam o trabalho pesado do navio. Não os vimos mais durante sete dias. Na última noite, perto do porto, tivemos a pior das tempestades com chuva de granizo e muita névoa, o que abalou a estrutura do navio e danificou o casco e as velas.

Ficamos esperando notícias dos homens e logo todos voltaram, menos Ernesto.

Ninguém respondeu aos meus questionamentos, só me fizeram descer do navio quando chegamos e me deixaram ali, com uma trouxa de roupa e Giovane no colo, viúva em uma terra chamada Brasil.

(Alice Rebonato Miranda 7º ano)

Registrando

VISITA

Monte Alto recebeu uma visita especial no último fim de semana. 28 membros de uma colônia japonesa da cidade de

CHEIA DE CHARME

Hoje, 3, é dia de festa na casa da advogada Camila Cavarzere Durigan e do empresário Wanderson Boer. A filha

PREPARANDO

A 143ª Festa em Louvor ao Senhor Bom Jesus, conhecida como a “Festa onde os Amigos se encontram”, começa a

NA SUÍÇA

Pela 2E Ligue, da Suíça – considerada uma das vitrines para os principais times do país –, o F.C Bosna

NA AGRISHOW

Por mais um ano, a FBB, empresa que tem forte participação nos mercados de Fundição e Agrícola, está presente na