Nesta edição, entrevistei uma pessoa que já faz parte da história da cidade. Ainda quase um menino, muito jovem, começou a colocar em prática sua paixão pelo o rodeio e teve no pai um grande incentivador. Narrou muitos rodeios e conviveu com grandes artistas sertanejos. Me refiro a Marcus Wilson Morgado Folador.
O começo e a família
Em que ano você nasceu? Nasci em 1974, aqui em Monte Alto, cidade que me deu e me dá muito orgulho.
Seus pais? Sou filho de José Wilson Folador e Celina Aparecida Morgado Folador. Somos em quatro irmãos: o Dr. Fábio, veterinário, Dra. Graciela, médica, eu, que sou formado em Direito pela Faculdade São Luís de Jaboticabal, e o André, também formado em Direito, hoje empresário. Tenho muita saudade de todos e dos tempos de criança, voltei a morar com os meus pais depois que o meu casamento terminou. Tenho cinco filhos e amo todos eles, de coração.
A Infância
A minha Infância foi muito divertida. Meu avô paterno, Sr. Wilson Folador, tinha uma bar na rua do centro, lá em cima. E o meu outro avô, pai da minha mãe, tinha um bar, também na rua do centro, mais para baixo, perto, e eu ficava andando de um lado para o outro brincando com meus amigos. Era só alegria (risos).
O Jovem Peão ganhou as arenas
Ainda muito jovem comecei no rodeio, tinha 16 anos. Meu pai me incentivou muito, foi o meu grande apoio. Lembro que ficava vendo os locutores famosos Donizete Alves e principalmente o Zé do Prada, com quem eu tinha muita amizade. Ele ficava hospedado na minha casa, gostava de tomar umas e fazia a festa quando estava aqui. Era um cara muito divertido. O Clube do Rodeio trouxe esses locutores famosos algumas vezes para Monte Alto. Eles eram meus ídolos. Depois fui fazer rodeios em outra cidades. Só em Jaguariúna fiz vários anos seguidos, levava o caminhão e a noite narrava os Rodeios com outros companheiros.
O Super Trem Elétrico
Pedi para que Marcus falasse sobre a dimensão do seu trio elétrico (caminhão) e ele me respondeu que era enorme. “Divulguei muitas festas de rodeio por este mundão afora. Lembra quando você me convidou para ir a Avaré? E eu fui, andamos toda a cidade e ia ter a Festa do Peão com a tropa do Constante Jacomeli.
Em quase toda festa ou comemoração grande em Monte Alto eu sou chamado para comparecer com meu caminhão que já é conhecido há anos, animando e puxando as carreatas. Quando o Corinthians é campeão, aí o bicho pega…”
Artistas Sertanejos
Juliano Cezar, o irmão
Marquinho sempre fala com muita saudade dos seus tempos de Rodeio, do seu inesquecível amigo cantor Juliano Cezar, que fazia questão de ficar hospedado em sua casa, mesmo que fosse fazer shows em outras cidades da região. Ele era como irmão para mim, a gente andou muito juntos por estes rodeios afora.
Dá muita saudade, ele foi embora tão cedo não é mesmo? Ele respondeu com um olhar triste e comentou: “Ele partiu para uma melhor, tenho certeza. ‘Já estou vendo ao longe a doce ribeirão, toda iluminada como o céu no chão, na noite azulada de uma primavera’. Os versos desta música do meu amigo Juliano Cezar, chamada Rumo a Goiânia, trazem muitas boas lembranças”.
GINETEANDO
Para encerrar, pedi que Marcus fizesse uma gineteada, e sairam estes versos:
“Mulher que quiser amor e não ter falta de nada,
Se seguir o meu conselho será rica e muito amada.
É só casar com homem rico e ser minha namorada”.
O MARCUS EMPRESÁRIO
Ao longo de sua vida como empresário, enquanto trabalhou por anos no Posto de Combustível da família, Marcus também foi associado, diretor e presidente da Associação Comercial de Monte Alto – ACIMA, estando sempre ao lado de nomes que também fizeram história na entidade como os empresários Delcides Menezes Tiago, o “Thiago da Ótica”, Marcos Rogério de Souza, o “Marcão da Hobby” Mania, dentre outros.
Durante a entrevista, fez questão de registrar o sucesso das campanhas realizadas até hoje pela ACIMA, que sorteia prêmios expressivos como motos e carros anualmente.
