Minha Terra e sua Gente

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Mortes que ficaram e ficarão na história do Brasil e do mundo

A morte prematura da cantora Marília Mendonça me fez mergulhar na história das partidas de maneira trágica daqueles que, embora tenham ido para outra vida muito jovem, deixaram um legado para história do Brasil e do Universo. Claro que se fosse falar de todo artista deste mundo que se foi de acidente, precisaria de uma edição deste jornal só para escrever, porém quero citar alguns poucos exemplos mais próximos do Brasil.

Noel Rosa – nasceu no dia 11 de dezembro de 1910 e faleceu no dia 4 de maio de 1937, aos 26 anos. Foi o responsável por levar o samba dos morros para o asfalto e introduzir na mídia, que na época que era só jornal, revista e rádio, já que no Brasil, até então, não existia televisão. Foi precursor, o principal compositor, e depois cantor do ritmo samba no brasil. Depois de ingressar na faculdade federal de medicina, cursou um ano e desistiu da carreira de Médico para fazer aquilo que gostava e queria: se dedicar à música de corpo e alma. Um escândalo para seus pais na época, já que os sambistas tinham fama de vagabundos e eram perseguidos e constantemente presos pela policia. Noel chegou a soltar seu amigo Cartola, que embora fosse ajudante de pedreiro, era constantemente preso por participar em roda de samba e era negro, até hoje, infelizmente discriminados. Noel Rosa era um fenômeno; autodidata, tocava violão, bandolim, cavaquinho, entre outros instrumentos. Coincidentemente, com 19 anos, começou a cantar suas canções que antes eram interpretadas por cantores e duplas, fato muito comum antigamente, muitas canções foram dadas e vendidas. Por que falei coincidentemente? Porque segundo informações de seu agente musical, Marília Mendonça começou a compor cedo, mas só gravou pela primeira vez com 19 anos, assim como Noel Rosa.

Noel deixou cerca de trezentos sucessos, muitos famosos como Zeca Pagodinho, Demônios da Garoa, Wanessa Camargo, Martinho da Vila gravaram suas obras musicais. Sua vida foi tema para várias peças de teatro, inclusive com Chico Buarque de Holanda, de livros, filmes de cinemas etc.

Mamonas Assassinas
O Grupo musical dos jovens Mamonas Assassinas, sucesso do Oiapoque ao Chuí no Brasil, teve, assim como Marília Mendonça um sucesso meteórico. Também como ela, os jovens talentos morreram tragicamente em um desastre aéreo na serra da Cantareira, em Guarulhos, São Paulo, sua terra natal, com exceção de Dinho, seu vocalista que era Nordestino.

O Brasil chorou e quase um milhão de pessoas foi aos seus enterros. Uma tristeza tomou conta da juventude brasileira naquele março de 1996, não tão distante e ainda vivo na mente de muitos. Eram irreverentes, coisa que o país precisava naquele momento. Alberto Hinoto, o Japonês, tinha 25 anos; Samuel Reis Oliveira, 22 anos; Sergio Reis Oliveira, irmão de Samuel, 26 anos; e Dinho, o vocalista, tinha 24 anos. O enterro coletivo foi em uma tarde que o Brasil parou, chorou e perguntou como e por quê? Assim como a deles, e tantas outras partidas prematuras, só Deus tem a resposta.

Exemplo de Profissional

A Guarda Municipal Patrimonial Cida Kanashiro, é um exemplo de profissional que a gente tem prazer de registrar nesta coluna, a qual escrevo há quase 40 anos. Lotada hoje na Brigada de Incêndio, atuante no recolhimento de animais domésticos e silvestres, ela tem feito um trabalho ímpar juntamente a seus pares. São tantas as suas ações que chega a deixar a gente comovido, embora ela sempre diga que é sua obrigação, o que concordamos, porém, sua maneira sutil em lidar com os problemas nos faz ter a ciência de que suas ações vão além de suas obrigações.

Recentemente, todos se lembram, que um macaquinho foi atropelado na serra e a pessoa que o socorreu, aliás, um grande ser humano diga-se de passagem, ligou para o vereador Mauro Cavalleti, que é um defensor dos animais, e ele imediatamente chamou o socorro. Cida estava fazendo parte dos trabalhos ao perceber que mandaram a macaquinha para o zoológico, que a mandou pois não podiam aceita-la. Cida ligou para a Ana Paula da APAMA – Associação Protetora dos Animais de Monte Alto, que imediatamente acionou uma veterinária de animais silvestres, e a profissional constatou de cara que a macaquinha estava com a bexiga estourada e uma patinha quebrada, ou seja, viajou dentro de uma caixa de papelão quase duzentos quilômetros. A intenção foi boa, mas a macaquinha sofreu muito.

Graças à iniciativa desta funcionária exemplar e de Ana Paula, a macaquinha será devolvida à sua família na natureza.

Comissão de tombamento

Quando militei na política, há cerca de uma década, tentei e não consegui formar uma Comissão de Tombamento histórica na cidade. Agora, pedi ao vereador Mauro Cavaletti, que é um historiador nato, que levantasse esta bandeira, e ele, peculiar em sua maneira de ser, disse que iria averiguar a situação, já que para tombar um imóvel hoje parece que precisa pagar. Realmente se a lei existir, vai dificultar, já que, a prefeitura sozinha, dependendo do imóvel que se pretende tombar não poderá pagar. Porém, há de se estudar uma situação, uma saída, talvez com a participação de algum empresário que possa fazer, se for possível, uma PPP (Participação Pública Privada) e investir na história e na cultura da cidade.

A jovem arquiteta Sara Borges Zilli, que tem especialização em restauro e conservação do patrimônio arquitetônico pelo CECI/UFPE e em engenharia de estruturas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, tem esperança de que a história não desapareça. Ela tem levantado esta bandeira, preocupada, vendo que muitos imóveis históricos foram derrubados para dar lugar ao progresso. Sara vive falando da importância de se preservar um pouco da história do município, no que ela tem razão, pois um povo não pode viver sem a sua história para as atuais e futuras gerações.

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