Minha Terra e sua Gente

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Muitos já ouviram falar, mas poucos conhecem as pessoas e famílias que ajudam e ajudam a escreveram a história de Monte Alto. E eu, assim como meus amigos Mauro Cavaletti e José Augusto Nascibem, procuramos manter esta história viva. O Nascibem, através de vídeos, eu escrevendo nesta coluna e o Mauro, criou o Túnel do Tempo, com fotos que registraram o que foi nossa cidade e seu povo nas últimas décadas e anos. E nesta edição, não poderia ser diferente, vocês irão conhecer mais um pouco destas histórias, com o entrevistado da semana.

Seu nome: Francisco de Paula Telles, mais conhecido por Telles, nascido em Jaboticabal no dia 28 de Agosto de 1944.
“Comecei meus estudos na Escola Estadual Aurélio Arrobas Martins e ainda moço, comecei a trabalhar nas Lojas Riachuelo, onde me tornei gerente já na cidade de Monte Alto”.
Seus Pais: Orivaldo Paula Telles e Iride de Biagi Telles. Casou- se com Diunko Sakoda Telles em 1971 e da união nasceram os filhos, Francisco, Andréa e Juliana. “Quero deixar registrado, Alencar, um fato interessante: minha avó era irmã do Jeremias de Paula Eduardo, que foi prefeito de Monte Alto. Outro fato interessante foi quando o Dr. José de Paula foi candidato a vereador e teve mais votos do que o candidato a Prefeito.
Perguntei ao nosso entrevistado: Telles, como pode ter acontecido isso? Ele me respondeu rindo que o Dr. José de Paula era um médico muito popular; a fazenda da Família Paula Eduardo que ficava lá no morro de Santa Luzia era muito grande, e ali no entorno, tinha muitos moradores colonos, para você ter uma ideia, lá tinha até cinema.
Naquela época o trem parava até no pasto, a gente dava sinal com a mão e o maquinista parava, assim como se faz com os ônibus hoje. A Família Paula Eduardo era muito forte, e modéstia à parte, ajudou a fazer a história de Monte Alto, sem dúvida alguma.

Atletismo e pioneirismo
Tudo começou quando eu percebi que minhas filhas Andreia e Juliana tinham jeito para a natação. Elas gostavam de nadar, então eu pensei que teria que dar uma força para elas. Foi aí que me preparei e me tornei professor de natação para prepará-las melhor, embora eu sempre praticasse natação. Para você ter conhecimento, a coisa chegou ao ponto de eu ter sessenta alunos. Eu dava aula gratuitamente nas piscinas do Monte Alto Clube.
Aí você me pergunta: como você se sente vendo o Clube que gente tanto usava e amava virar um monte de entulho? “Eu vejo com muita tristeza, jamais poderiam ter feito isto com o clube. Para começar, se for pegar o dinheiro que arrecadado com a venda e aplicar os juros devidos, jamais fariam outro. Para registrar nesta entrevista, trouxemos campeões de natação do Estado de São Paulo e até do Brasil para se apresentar no Monte Alto Clube, sem contar que as minhas filhas, conhecidas como “Peixinhos de Ouro”, ganharam vários campeonatos por todo Estado levando o nome da nossa cidade. O que fizeram com o clube, derrubando-o sem achar uma solução, já que os maiores credores eram a Prefeitura e a Sabesp, foi uma grande tristeza. Dois órgãos públicos que poderiam ter se entendido com a diretoria da época em busca de uma solução. Foi uma perda irreparável, além de que, virou um monte de entulho que não serve para nada.

Serras, Trilhas e Rota das Capelas
A minha filha Andréa e seu esposo Reginaldo Bergamim, o Pit, começaram a fazer as trilhas das serras há anos, de bicicleta, assim como a Rotas das Capelas. Vinha gente de todos os lados para fazer as trilhas na serra e visitar as capelas. Hoje eu vejo que isso está voltando, fico muito feliz. Tínhamos até um jornal da época, inclusive meu filho Francisco também participava, era sensacional. Agora o que precisa é você falar com os empresários para que eles acreditem e invistam no turismo do município para que as pessoas que vêm para cá tenham as mínimas condições de ter apoio nos seus passeios tão prazerosos nas serras. O ciclismo é um esporte que cresce a cada dia, excelente para a saúde.

Diunko eleita Miss da única festa do Mamão de Monte Alto
Telles começou a me contar que a sua esposa, dona Diunko, tinha sido eleita Miss da Festa do Mamão. O concurso teve sua realização porque Monte Alto, no fim dos anos 50, início dos anos 60, era a Terra do Mamão, conhecida assim em todo Estado de São Paulo.
Enquanto conversava com Telles, chegou Dona Diunko, e eu perguntei para ela como tinha acontecido a Festa, ao que ela me respondeu: – foi graças ao incentivo dos agricultores e dos políticos da época, principalmente Dr. Mazza, Zacarias de Lima e Acácio Nunes, inclusive o carro usado para o desfile da Rainha era do então vereador Acácio Nunes.
Foi uma festa sensacional, disse Diunko, desfilamos pela rua do centro com carro aberto e o povo assistindo e batendo palmas, foi muito lindo e inesquecível, concluiu.

Polícia Rodoviária nos anos 60
Telles contou que ingressou na Polícia Rodoviária no ano de 1967. Serviu na baixada Santista e depois veio para Araraquara. “Naquele tempo, a gente era conhecido como os Anjos do Asfalto. Mais orientávamos de que multávamos; é verdade que eram outros tempos, porém, agíamos com muita cautela interagindo com a população. Claro que os tempos são outros, hoje vê-se muita droga e criminalidade”.

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Digo aos jovens para estudarem, manterem a disciplina e fugirem das drogas. Prestigiarem, amarem e respeitarem seus familiares, pois agindo assim, com certeza terão mais facilidade de vencer na vida.

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