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Dirceu Luiz da Cunha, ou simplesmente Dirceu
Os homens nascem predestinados, não importa o local onde nasceram, seja na cidade, em uma região litorânea ou em uma zona rural. Nosso protagonista de hoje nasceu em um sítio, no Bairro Rural Areias, em Monte Alto, no dia 5 de novembro de 1946. É filho de Luiz Gonzaga da Cunha e Nair Martinelli Cunha e tem dois irmãos: Alceu e Dirce. Casou-se pela primeira vez em 1.973 com Maria Munhoz (in memorian), com quem teve duas filhas, Ana Carolina e Daniela, que já lhe deram três netos Camila, Larissa e Pedro Henrique, além da bisneta Helena.
Separado da primeira esposa, tempos depois reencontrou Helena (Lena), hoje sua esposa, que no passado também foi sua colega de escola; funcionária publica, também trabalhava na prefeitura. Começaram a namorar, ela tinha o filho Reginaldo que vive com eles até hoje, o qual Dirceu considera também como um filho. Eles moram no Jardim Tangara e juntos trabalharam muito, até mesmo depois de aposentados, para garantirem uma velhice um pouco mais tranquila.

A infância e os primeiros trabalhos
“Como nasci em um bairro rural tinha meus amiguinhos de escola, pois como lhe falei, a primeira escola foi no Bairro Areias, e como toda criança de sítio, tinha nosso mundinho que era procurar entretenimento no campo, como faz toda criança que nasce na roça. Porém, eu fui crescendo e não queria continuar lá. Meu sonho era ser motorista de caminhão e fui para a cidade. Trabalhei de chapa para poder ficar perto dos caminhões (chapa são as pessoas que conhecem bem a cidade e ensinam os motoristas de fora onde ficam os lugares e ajudam até a descarregar cargas). Em seguida, fui trabalhar de tratorista, sempre em busca do meu sonho de ser motorista. Foi então que o realizei e fui trabalhar com o Sr. Antônio Cola. Levava cargas para São Paulo, capital, principalmente mamão. Trabalhei muitos anos com ele, para você ter uma ideia, a estrada naquele tempo era mão dupla até Limeira, aí foi quando começaram a construção da Rodovia Washington Luiz. Foram muitos anos de estrada, Sr. Antônio era um homem bom e trabalhador, um grande patrão”.

O trabalho fora e a volta para Monte Alto
“Depois que parei de trabalhar com o Sr. Cola, fui para a cidade de Bálsamo trabalhar com o Francisco Simão como comprador de mamão, já que as plantações de mamão em Monte Alto praticamente tinham acabado. Lá trabalhei durante cinco anos comprando mamão e mandando para o Ceasa e para o Mercado Central, em São Paulo. Foi uma experiência diferente e importante, que muito contribuiu para meus conhecimentos. Você sabe, Alencar, que todo trabalho honesto é importante em nossas vidas”.

A volta para Monte Alto e o trabalho na Prefeitura e na Câmara
“Quando voltei da cidade Bálsamo, fui convidado para trabalhar na Prefeitura, em 1985 e fui motorista a serviço do gabinete, na época o prefeito era o Dr. José Rodrigues. Aprendi muito com ele e trabalhei até o ano de 1989. Com a mudança de prefeito saí, porém, em seguida, no ano de 1993, fui convidado pelo então presidente Isael Chiquiteli, para ser motorista da Câmara Municipal. Trabalhei de 1993 a 2008. Prestei concurso na gestão do então presidente Layrton Infante, e passei em primeiro lugar e trabalhei até me aposentar, agora em 2021”.

Reconhecimento e homenagem da Câmara Municipal

Foto: Ronaldo Maguetas

Recentemente, Dirceu foi homenageado pela Câmara Municipal, depois de quase três décadas de trabalho dedicado àquela Casa de Leis. Como ele recebeu essa homenagem?
“Com muita satisfação, Alencar. E não poderia ser diferente, lá fiz muitos amigos, entre eles vereadores, funcionários e aprendi muito com eles e sou muito grato a todos”.
Em suas viagens constantes, que foram muitas, diga-se de passagem, houve alguma que te marcou? Havia algum vereador que tinha medo de viajar na estrada?
“Não; ou melhor, quando você foi vereador tinha um pouco, não é mesmo, Alencar … rsrs… , mas, de modo geral era tranquilo”.
Quero aqui leitor desta coluna pedir licença para dar um testemunho e ao mesmo tempo fazer um singelo agradecimento ao meu entrevistado, Dirceu Cunha.
Quando fui vereador, houve um período em que eu não podia ficar em pé, devido a um problema de saúde. Quando viajávamos, o Dirceu fazia meu prato para eu me alimentar, o que não era sua obrigação, porém, uma atitude de gentileza, prova de seu profissionalismo e humanismo.

Causo da política que presenciou
Perguntei ao Dirceu se ele se lembrava de algo que foi diferente, ao que ele me contou: “Certa vez, Alencar, eu estava indo para Ribeirão Preto com o Dr. José Rodrigues e o guarda rodoviário nos parou. A velocidade permitida era de 80 quilômetros por hora e eu estava a 85, e então o guarda começou a falar, falar e passou a me ofender, e eu calado, e o Dr. José também calado. O guarda perguntou, olhando para o Dr. José: – quem é o senhor? Pois a chapa do carro era oficial. De repente, o Dr. Zé Rodrigues incorporou o sangue espanhol dele, passou por cima de mim com os dois dedos na direção do guarda e disse: Olha aqui, o senhor tem o direito de multar, agora o senhor não tem direito de ofender. Faça seu trabalho, cumpra o seu dever, se não vou retornar o carro e vou procurar seus superiores. O guarda ficou calado e não falou mais nada”.

Mensagem para quem quer vencer
Trabalho e humildade, pois a vida me ensinou que se sobe um degrau por vez. E foi assim que eu fiz. O resto é com Deus; faça sua parte com honestidade e trabalho e Ele fará a Dele.

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