Minha Terra e sua Gente

Facebook
WhatsApp

Ciente do que representa para os brasileiros as Festas Juninas, procurei fazer uma pesquisa sobre este relevante tema cultural e contar um pouco para meus leitores o quanto este mês de junho, com suas festas, representam para nosso povo e sua gente.

Na cultura popular brasileira, as Festas Juninas têm lugar especial, pois, além de valorizar as tradições locais do país, também revelam muitos elementos históricos, religiosos e mitológicos curiosos, desde a chegada dos portugueses, que a trouxeram para nosso país, elas tiveram seu início, auge e glamour nos salões franceses, embora a Inglaterra reivindique um pouco. Porém pouco se sabe da cultura e da sua origem que passam despercebidas, mas quem conhece o Brasil sabe da sua importância.

FESTAS JUNINAS DO OIAPOQUE AO CHUÍ
Só quem conhece esse Brasil, modéstia à parte como este que lhes escreve, sabe do significado destas festas, principalmente no Nordeste Brasileiro. Assim como as comunidades do Rio de Janeiro e hoje também de São Paulo ficam o ano todo esperando a chegada do Carnaval, o povo Nordestino fica esperando o mês de junho para festejar São João. Ela hoje predomina mais no Nordeste porque o povo abraçou a cultura, as tradições e vou além, até a sobrevivência, pois lá ela representa mais financeiramente do que o carnaval, já que arrecadação financeira dos estados nordestinos multiplica na época destas festividades.

PORQUE FESTA DE SÃO JOÃO
São João Batista, na tradição cristã, anunciou a “boa-nova” (boa notícia) da vinda do Cristo, filho de Deus, salvador da humanidade, que “renovaria todas as coisas”. São João também batizou Cristo no rio Jordão. Da história de São João, a cultura popular europeia retirou vários símbolos, que passaram a se misturar com os tradicionais ritos de colheita remanescentes do culto a Adônis. Um dos símbolos mais importantes é a fogueira.

HISTÓRIA DA FOGUEIRA
A fogueira, característica das festas de São João, tem seu fundamento na história do nascimento de João Batista. A fogueira era um sinal de Santa Isabel, mãe de São João, para Maria, mãe de Jesus. Abaixo segue uma sinopse da história, adaptada pela pesquisadora Lúcia Rangel|1|:
“Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso, costumavam visitar-se. Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora e aproveitou para contar-lhe que dentro de algum tempo nasceria seu filho, que se chamaria João Batista.
Nossa Senhora então perguntou:
— Como poderei saber do nascimento dessa criança?
— Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que João nasceu. Mandarei também erguer um mastro com uma boneca sobre ele.
Santa Isabel cumpriu a promessa. Certo dia Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira e depois umas chamas bem vermelhas. Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes da religião católica.”
No caso específico do Brasil, a prática do acendimento da fogueira na noite de 23 para 24 de junho foi trazida pelos jesuítas. Tal prática foi, com o tempo, associada a outras tradições populares, como o forrobodó africano (espécie de dança de arrasta-pé), que viraria mais tarde o forró nordestino e a quadrilha caipira, que herdaram elementos de bailes populares da Europa – palavras como “anarriê”, “alavantú” e “balancê”, por exemplo, são adaptações de termos de bailes populares da França.” Até os anos 50 e início dos 60, existia o dito popular no Nordeste Brasileiro que quando queria mandar alguém parar com determinada coisa, se dizia: “oxente anarriê”.
A quadrilha surgiu nos salões da corte francesa, recebendo o nome de “quadrille”, mas é de origem inglesa, uma dança de camponeses chamada “campesine”. Na época da colonização do Brasil, os portugueses trouxeram essa dança, bem como seus principais elementos: os vestidos lindos e rodados (que representavam as riquezas da corte), os passos puxados na língua francesa (anarriê, avancê, tour, etc.) e os agradecimentos aos santos pelas boas safras nas plantações.

O SÍMBOLO DA FOGUEIRA
Em torno da fogueira muitas coisas eram e são feitas, por exemplo, uma espécie de símbolo. Amizades tipo compadre, primos e até namoro. Sem contar o famoso pisar na brasa atravessando a fogueira em uma prova de fé, tradição que hoje é mantida aqui na região, em dois distritos: Jurupema que pertence ao município de Taquaritinga e Córrego Rico que pertence a Jaboticabal, locais onde nas festas de São João pessoas passam por cima da fogueira em brasa ardente para cumprir promessa e manter tradições. Há também o Batismo da Fogueira, onde se usa batizar e virar compadre. Mas o mais interessante, principalmente no Nordeste, é o namoro de fogueira, que costuma ser assim: o rapaz, geralmente era o homem que chegava em uma moça e dizia: quer ser minha namorada de São João? Claro que tinha e tem moça também que chama o rapaz, porém, em menor quantidade.

COMO É FEITO O NAMORO DE SÃO JOÃO NA FESTA JUNINA EM VOLTA DA FOGUEIRA
O rapaz ou a moça, geralmente o homem – aqui não é nenhum machismo e sim costumes – chega na moça e diz “quer ser minha namorada ou minha noiva”? Se ela ou ele responder que sim, começa o ato: dão volta em redor da fogueira, partindo um para cada lado, e quando se encontram um diz para o outro: São João disse, São Pedro confirmou, que você vai ser minha noiva que Santo Antônio mandou. Vão rodeando a fogueira até darem três voltas, dizendo a mesma coisa, só alterando o nome dos três santos. Quando não é noivado pode ser só namoro, só que aí mudam o termo, ao invés de dizer meu noivo e noiva dizem “vai ser meu amor”. Muitas vezes os casais deram certos para vida eterna, por incrível que pareça. Quantas destas brincadeiras depois foram para vida real eu mesmo fui testemunha de alguns fatos. Antologia do Folclore Brasileiro, uma simpatia relacionada com a fogueira muito comum no Nordeste, resgatada por meio de simpatia até os dias de hoje.

SÃO PEDRO
São Pedro é o Santo que encerra a festa junina. Entre as tradições nesta festa está o famoso Pau de Sebo, onde costuma-se colocar um valor em dinheiro como forma de prenda para quem conseguir chegar lá na ponta retirar o prêmio. O último Pau de Sebo que eu lembro em uma festa junina em Monte Alto, foi nos anos 80, quando o prefeito era Dr. José Rodrigues. A festa foi organizada por este colunista e denominada “Caruaru em Monte Alto. Com apoio do Fundo Social na época comandado por D. Eliná Rodrigues teve Forro de Pé de Serra para o povo dançar e barracas com comidas típicas servidas pelos nordestinos aqui residentes. A Assistente Social responsável na época foi a Bete Farah e a festa aconteceu nas imediações onde hoje fica o Forum, outrora Paço Municipal. Foi um sucesso e até hoje é lembrado por muitos.

Registrando

BASE CAMPEÃ

Pode comemorar, torcedor montealtense. A base de futsal do MAC foi campeã da fase sub-regional dos Jogos Abertos da Juventude

PARABÉNS D. ELINÁ

As famílias Camargo e Victório Rodrigues se reuniram no último fim de semana para celebrar o dom da vida da

BODAS DE OURO

O casal Mário Wagner Pavão dos Santos e Maria José Cestari dos Santos “Zeca” completou no sábado, 20, suas Bodas

TEEN KIDS

O último sábado, 20, foi de festa e comemoração para a equipe da Teen Kids. A loja, já renomada e

BODAS DE PRATA

A prefeita Maria Helena Rettondini e seu marido, o secretário de Governo, Carlos Rettondini, abriram um espaço na agenda para