Minha Terra e sua Gente

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Nesta edição, mais uma vez, vou entrevistar um montealtense que traz consigo uma história fantástica; entre os muitos assuntos narrados ao longo da conversa ele contou que na infância estudava sob as luzes dos postes de rua por não ter acesso a uma iluminação caseira adequada. Com muito esforço e estudo, ingressou por concurso na Marinha Mercantil do Brasil, realizando um de seus sonhos. Falo aqui de Pedro Phólio.

O Homem e sua História de muita luta e vitoria – O entrevistado nasceu em 29 de julho de 1937, na região da Fazenda Anhumas, sítio de Inocêncio Damato. Filho de Antônio Phólio e Filomena Palazzo Phólio, tem quatro irmãos: Maria Helena (in memorian), Clarice, Zenilde (in memorian) e Antônio. É casado com Maria Helena Olmos, que conheceu em Monte Alto, em um dos passeios na praça da Matriz, na época do footing, onde as moças passeavam em volta da praça e os rapazes ficam em turminhas conversando e vendo-as passar. O ano era 1959; namoraram e se casaram em 1966 e da união nasceram os filhos Adriana e Washington, que lhe deram os netos Pedro Henrique, Júlio Cesar, Vitor Hugo e Heloisa.

OS ESTUDOS E O TRABALHO – “Minha alfabetização teve início na Escola Rural do Barreiro. Cursei o Grupo Escolar na escola Dr. Raul da Rocha Medeiros, de 1946 a 1949. Em 1953 entrei na Escola de Comércio Deodoro Arruda Campos (período noturno). Lá estudei cinco anos. Ainda com 12 anos comecei a trabalhar como porteiro na CICA, continuando a estudar nas horas que conseguia”.

Estudando com o Amigo sob a Luz de Poste de Rua – Fiz questão de citar este fato forte e peculiar na história do nosso entrevistado, quando Pedro estudava na escola de comercio e na sua casa tinha energia, porém, era muito fraca na época, foi quando teve uma ideia: chamou seu inseparável amigo José Ribeiro e propôs a ele para estudarem em baixo do poste de rua. E argumentou com o amigo que seria mais fácil estudar lá, a noite, já que a iluminação era forte e os dois poderiam enxergar melhor e ter melhor aproveitamento dos estudos, e assim fizeram. “Rapaz, a gente ficava lá até tarde, um perguntando para o outro as lições da escola passadas para fazer em casa”. Só que tinha suas compensações uma vez eu tirei 10 em português com a professora da família Abuassi, que era o ‘terror’ dos alunos, todo mundo tinha medo dela (risos)”.

O Destino Rumo à Cidade Maravilhosa – Em 1958 Pedro partiu para o Rio de Janeiro trabalhar no Banco Auxiliar. O seu objetivo era fazer o cursinho à noite para prestar vestibular na Escola de Marinha Mercante (EMMRJ), hoje CIAGA -EFOMM . Ele conta que esforço foi muito grande, sabia da necessidade de passar, era difícil, claro que era, mas não impossível para nosso entrevistado, um guerreiro incansável e determinado a vencer. “Foi a maior dificuldade da minha vida, mas consegui uma ótima classificação – oitavo lugar graças a Deus”, concluiu.
“O curso é apertado, mas eu estudava incansavelmente. Era a única porta aberta para mim para meu futuro. Foi muito triste ficar longe de Monte Alto da família e dos amigos”, lembrou Pedro, porém era necessário.

A Mudança na Carreira Profissional – Pedro Phólio continua narrando sua História de vida. “Minha vida ficou mais tranquila a partir de 1968, quando, como oficial da Marinha Mercante, formado com destaque nas notas, obtive trabalho na Petrobrás. Ai, nos navios da FRONAPE (Frota Nacional de Petroleiros), naveguei pelo mundo, conheci muitos países. Mas não esquecia um só momento dos meus familiares e sempre me lembrando com muito carinho e saudades da querida Monte Alto e dos amigos que aqui deixei”. Até 1968 foi esse meu trabalho.

Genova Itália Inesquecível – Em suas andanças pelo mundo a serviço, Pedro disse que conheceu lindos países como as Bahamas, por exemplo, mas um lugar lhe deixou apaixonado não só pela sua beleza física e carinho do seu povo, mas principalmente porque queria ir de encontro à sua origem italiana e infelizmente, devido ao serviço teve que partir com pouca permanência foi Gênova, na Itália. “Que maravilha aquele lugar, aquele País, aquela cidade”, relembrou em meio a sorrisos.

Novos Rumos Na Vida Profissional – No ano de 1968 surgiu uma nova oportunidade e um novo desafio na vida do entrevistado: prestar exame para Praticante de Prático em Santos. Um desafio e tanto para Pedro já que eram mais de 400 candidatos para somente quatro vagas e, diga-se de passagem, todos os candidatos eram pessoas qualificadas. Mas uma vez foi a dedicação, principalmente aos estudos, que fez Pedro ficar entre os dois primeiros e assim, nova conquista. Ele diz que é uma profissão bonita, da qual também muito se orgulha, mas exige bastante especificidade. Tanto que depois da aprovação são exigidos dois anos de prática (treino), para se chegar a Prático .

As Curvas da Estrada de Santos no Mar – A partir de 1970, após nova avaliação, Pedro começou a exercer a profissão de Prático do Porto de Santos, que futuramente passou a se chamar Praticarem do Estado de São Paulo (1998), pois houve a fusão com a praticagem de São Sebastião. Novamente houve um período de estudos e treinamento e avaliação por parte da Marina do Brasil, pois cada Porto tem suas peculiaridades e ele foi presidente da Praticagem de Santos por sete anos, período em que a empresa recebeu a certificação ISO 9001. Também foi presidente da Praticagem de São Sebastião por duas vezes.

A Volta ao Campo – Com passar do tempo Pedro Phólio, que tem orgulho de ser de Monte Alto e um homem do campo, do Interior da zona rural, sempre teve vontade de voltar às suas origens, o que vem fazendo, juntamente com seu filho Washington, que é engenheiro Agronomo. E assim, há 20 anos, eles mantém um trabalho de melhoramento genético com gado Nelori, no interior de São Paulo. “Somos participantes do Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuinas (PMGZ)”.

AOS JOVENS – “Tudo que fiz foi sempre com muito estudo, trabalho, dedicação e crença. Nunca houve atalho. Meu principal caminho foram os livros”.

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