Minha Terra e sua Gente

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Cada vez que vou escrever a história de vida de uma pessoa nesta coluna confesso que é uma experiência incrível, é como se fosse a primeira vez! Não importam as dezenas de anos que escrevo, sempre é diferente porque cada um é cada um, e cada um tem a sua própria história que, assim como as nossas impressões digitais, todas diferem umas das outras.

Hoje, entrevisto Francisco Juliano Martinho, um jovem de bom caráter que tem a honestidade e o trabalho como suas bandeiras de vida. Nasceu em São Paulo, no dia 10 de agosto 1971, porém, veio para Monte Alto ainda criança. É filho do Professor Antônio José Martinho e Elisete Ferreira Arruda Martinho. Tem dois Irmãos: Leandro, engenheiro que hoje mora em Singapura, e Larissa, que é veterinária. Tem um filho do primeiro casamento que se chama Caio Pierre Martinho. Atualmente é casado com Ana Silvia Camargo Victorio, filha mais nova do saudoso ex-prefeito Dr. José Rodrigues.

VIDA ESCOLAR E ESPORTIVA
“Comecei meus estudos na escola da Tia Heda, depois fiz o primário no grupo Dr. Raul, em seguida, o colegial no Zacharias e logo após, entrei na faculdade, onde comecei a cursar Veterinária, mas não me identifiquei com o curso e passei a fazer faculdade de Administração; depois fiz também cursos técnicos de mecânica e elétrica, além de Engenharia de Produção”.
Perguntado sobre a lembrança de alguns professores, Juliano disse que se lembra de vários, citou a Professora Amelinha Nunes e Zaruhi Martins, entre muitos que foram importantes para sua formação escolar.
ESPORTE: Sobre o esporte, Juliano disse ter praticado muito em sua adolescência, inclusive vôlei, atletismo com o Professor Pirrolo e também com seu próprio pai, o professor Martinho. Porém, depois conheceu o Professor Robson Lozano e enveredou para o Judô, onde foi graduado e hoje também é Professor, faixa preta, tendo Robson como seu Sensei.

IMPORTANTE PROJETO ESPORTIVO (ASSOCIAÇÃO DE JUDÔ LOZANO)

“Temos um Projeto que é importantíssimo, pois ensinamos gratuitamente, ministrando aulas para cento e doze crianças de quatro a doze anos de idade, há trinta anos. Sempre foi de graça, inclusive os uniformes, e hoje fazemos parte de um projeto do Estado que se chama Judô em Ação II. As aulas são ministradas duas vezes por semana, e em breve iremos fazer para eles uma palestra sobre drogas. Juliano confessou que este projeto é a ‘menina’ dos seus olhos.

PRIMEIRO EMPREGO
“Meu primeiro emprego foi no Unibanco, eu tinha 17 anos, naquele tempo a lei permitia. Depois fui trabalhar na Borracha Cestari, até ela ser vendida para a multinacional Hutchinson. Foi aí que o César Cestari, que era um dos proprietários, comprou o posto Primavera e me convidou para gerenciar o estabelecimento de combustível e lá fiquei por praticamente oito anos trabalhando”.

MAÇONARIA
Você é Maçon. Fala um pouquinho sobre a Maçonaria, que é interpretada por muitos erradamente em sua maneira de ser e de agir; existem muitos mitos que cercam os maçons. Pode esclarecer um pouco sobre ela e seus mitos?
“Olha, Alencar, eu tive o meu primeiro convite para entrar na Maçonaria no ano de 1992, pelo meu saudoso amigo Marcos Schineider, só que na época eu não podia por inúmeras ocupações daquele momento da minha vida. Porém, no ano de 2008 eu fui convidado novamente, desta vez, pelo Zé Guilherme, o Bahia. Aí eu aceitei e a Loja que participo é a Igualdade 1647, que tem 122 anos de existência, é a mais antiga da cidade. Começou, na realidade, no Distrito de Aparecida. Em Monte Alto temos também as Lojas Porfíro Pimentel e 15 de Maio, são três Lojas Maçônicas na cidade.
A Maçonaria é meio parecida com o Rotary, o Lions, o que difere é que nos temos um processo iniciático, do qual guardamos nossos segredos. Mas o resto é praticamente igual.
Maçonaria tem CNPJ, tem um prédio que todos sabem onde fica, a maioria dos Maçons as pessoas conhecem. Existem alguns códigos que se um irmão fizer, falar, a gente percebe se ele pertence à entidade e se está precisando de ajuda. Hoje existe uma carteirinha, é fácil identificar um Irmão hoje, porém, por uma questão de tradição ainda mantemos os mesmos hábitos”.

A HISTÓRIA DO BODE DA MAÇONARIA – VERDADE OU MITO
As pessoas sempre comentam que a Maçonaria e obviamente os Maçons têm um pacto estranho e que tem um bode que às vezes fica na sala nas reuniões. Os antigos chegavam até a falar que era o diabo, lembro que quando cheguei em Monte Alto pela primeira vez, no fim dos anos 60, estava passeando com uma namorada na época e ao passarmos em frente a Maçonaria, ela se benzeu. Eu perguntei para ela: – aqui não tem igreja, porque tu se benzeu? Ela respondeu: é que aqui é a Maçonaria, tem um bode… nossa! É coisa do capeta. Isso é mito ou verdade, Juliano? Poderia falar a respeito?
“O que houve foi o seguinte: a associação ao bode começa ainda na Idade Média, quando o bode foi associado a cultos satânicos. No período final das cruzadas, o rei da França, Felipe o Belo, em conluio com o Papa Clemente, criou a lenda de que os Cavalheiros Templários eram adoradores de uma entidade Bafomet (corpo de homem, cabeça de bode). Essa lenda causou a queda da Ordem do Templo e a morte da grande maioria dos Cavalheiros. Em 1881, por coincidência data da fundação de Monte Alto, um ex-Maçom chamado Leo Taxil, reinventou a lenda, só que agora o alvo eram os Maçons. Escreveu o livro “Maçonaria Dessecada” onde afirmava que os Maçons cultuavam o tal de Bafomet e montavam em bodes (referência à Idade Média). Assim surgiu a lenda do bode na Maçonaria.

SERVIÇO PÚBLICO E PRIVADO – NOVA EXPERIÊNCIA
Como é vir do serviço privado para o público? Juliano, que atualmente é secretário de Planejamento do município diz que é uma nova experiência, existe diferença, o privado é regrado com metas determinadas. Agora, aqui tem muita gente trabalhadora, é que algumas pessoas prestam concurso e com o tempo se acomodam, por isso é importante um plano de carreira, o que aliás, na medida do possível, vem sendo feito pela atual administração. Eu sempre ouvia falar que funcionário Público não gosta de trabalhar, mas não é bem assim, aqui tem muita gente que trabalha muito e com amor. Assim como na iniciativa privada também tem aqueles que não se dedicam tanto ao trabalho, infelizmente.

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