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Vicente de Paula Bertuca, nasceu em 10 de outubro de 1937, em São Sebastião do Paraíso – Minas Gerais. Filho de Lucas Bertuca e Leonora Vasconcelos, tem como irmãos Lucas, Rafael, Santa, Maria José e Salvador.
Casou-se em 1965 com Maria Harume, a quem conheceu na cidade de São Paulo, e da união nasceu a filha Eline Harume Bertuca e a neta Maria Luisa.

A história – Em 1958, na cidade de Ribeirão Preto, Vicente ingressou na Polícia Militar como Soldado e logo pediu transferência para São Paulo, onde permaneceu até 1964. Em seguida, veio para Monte Alto como Terceiro Sargento e foi Comandante do destacamento por 12 anos.
Bertuca conta que em 1964 a cidade de Monte Alto contava com 15 Policiais Militares. Conta também que na época, a cidade era muito pequena e que a única rua asfaltada e com calçada era a do centro.
“A Rua Gustavo de Godoy, onde ficava a Delegacia, hoje encontra-se a Polícia Militar, era de terra. A rua só foi asfaltada no governo do Prefeito José Canali, que teve seu mandato prorrogado por mais dois anos; ele implantou o asfaltamento, lajotas, calçamento, telefone”.
“A Polícia Militar ficava junto com a Polícia Civil: Ocupávamos uma parte e no prédio da frente ficava a Delegacia que abrigava a Polícia Civil”.
Perguntado como era o trabalho do Sargento na época da ditadura, Vicente disse que em Monte Alto nada mudou, e que sua função era especificamente policial. Lembra também que na época, a cidade tinha o MAC – Monte Alto Atlético Clube, que requeria muito a atenção da Polícia nos dias de jogo; já com a parte política, nunca tivemos problemas.

As festas – “As festas eram muitas, como são até nos dias de hoje, porém, sempre soubemos contornar as situações e foi um período de muita paz, muito sossego. Naquela época era muito bom! As festas de Agosto e de Aparecida exigiam um destacamento diferenciado, com policiamento preventivo. As ocorrências eram sempre muito simples.
Não tínhamos praticamente registros de homicídio, no máximo um por ano, roubo de carros não existiam. A cidade era muito pequena e não tínhamos problemas nesse sentido”.
Vicente conta que a dificuldade da época eram as viaturas e que a cidade contava com um único Jipp, chamado de Corintinha, e que as ocorrências eram solicitadas por telefone e que não tinha nada do que tem hoje. “Pegávamos a Corintinha e íamos atender”, lembra.
Conta também que havia os plantões da Delegacia e de presos, e que a Cadeia Pública contava com aproximadamente 18 presos. 
“Naquela época tínhamos um footing intenso na Praça Central da cidade aos sábados e domingos e aí destacávamos Policiais para o Cine São Jorge, Cine Guarani e a Praça Central”.
Vicente comenta também que naquele tempo nunca houve assalto a bancos e que os fatos que mais exigiam a presença Policial eram realmente os jogos do MAC, que com a torcida inflamada, exigia a presença. 
Bertuca foi Sargento em Monte Alto de 1964 a 1977 quando formou-se em Direito pela Universidade de São Carlos e iniciou suas atividades como Advogado tão logo obteve seu registro na OAB. 

Roubos na Zona Rural – “Eles existiam e relacionavam-se a equipamentos e inseticida”. 
Vicente conta que um fato marcante durante sua atuação na Polícia Militar foi a apreensão de contrabando de uísque, feito no campo de aviação de Monte Alto. “Um avião desceu lá e bateu em um monte de terra e a Polícia fez a apreensão de 216 litros de uísque. Segundo o aviador, o avião teve uma pane e ele foi obrigado a descer, e ao colidir com a terra, pois estava sendo feita uma reforma no Campo de Aviação, não teve como retomar e aí, fizemos a apreensão. Isso aconteceu em 1966 ou 1967. O Delegado autuou o flagrante e encaminhou para a Polícia Federal. 
A Polícia Civil contava somente com o Delegado, o Carcereiro e o Escrivão e que quem fazia as investigações eram os próprios policiais militares. Em 1977, chegou um novo carcereiro, um investigador e um Delegado para atuar na Circunscrição de Trânsito, pois, até então os exames de habilitação eram feitos em Jaboticabal. A partir de 1967 o pessoal de Monte Alto passou a tirar a Carteira de Habilitação aqui mesmo. Quem fazia os exames erámos eu e o Zinho. Fazia-se uma Baliza após uma prova escrita, coisa simples. Depois do exame, fazia-se uma reunião e dava-se uma “liçãozinha de moral”.
Segundo Vicente, o Delegado José (apelidado de Bigode) é quem assinava as carteiras de motorista, um homem extremamente honesto, assim como todos que por aqui passaram.

Mensagem – Digo aos jovens e todos que se pautem pela Lei, pois, pautando-se pela Lei jamais se perdem. A honestidade, a obediência à Lei e ter o coração aberto como eu sempre tive. Tomei conta da Cadeia e naquela época as pessoas saiam melhores do que chegavam. Praticavam esporte, saiam com religião. Enfim, tínhamos um período de muita paz aqui em Monte Alto. 

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