Missão dada…

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Depois de uma intensa guerra que teve suas barricadas e trincheiras nas mídias sociais e envolveu familiares e amigos, que lutaram em lados contrários e, apuradas as urnas, precisam agora tentar colar os cacos dos vasos quebrados, Bolsonaro ganhou. Uma vitória que fez feliz a muitos, desagradou a muitos e deixou no ar uma grande apreensão sobre o que virá. Uma coisa é certa, gostando ou não gostando do presidente eleito, todos deverão estar alimentados pela esperança de que tudo corra bem e, finalmente, a locomotiva deste país retorne aos trilhos de onde foi retirada, com muitos vagões despedaçados, passageiros feridos e cargas irrecuperavelmente perdidas. A questão agora não é gostar ou não gostar do Bolsonaro, mas reassumir o necessário patriotismo para ajudar a fazer dar certo, em qualquer área que estejamos, por mais insignificante que pareça.
Se eu pudesse falar com o presidente e fazer uma sugestão, sugeriria algo muito simples, que fez a diferença na vida de muitos: hastear a bandeira do Brasil nas escolas com os alunos cantando o Hino Nacional. Isso pode parecer uma besteira, mas, não é. Conhecer e respeitar o hino de seu país, aqui e em qualquer lugar do mundo, é um dos mais patentes símbolos de patriotismo. Nos Estados Unidos isso é muito forte e aqui também já foi e pode voltar a ser. Independente de ideologias, nós somos brasileiros, “com muito orgulho e com muito amor” e isso deve ser evidenciado não apenas na época da Copa do Mundo.
Bem, isso é apenas um pequeno devaneio, o que eu quero mesmo é mencionar uma fala do presidente eleito que reflete toda a determinação que o levou à vitória, sobretudo porque, há dois, três anos isso parecia completamente improvável. A fala a que me refiro foi proferida por ele em vários momentos e é muito emblemática: “Missão dada é missão cumprida.”. Obviamente, essa fala é um jargão do Exército, mas, ela não é exclusiva dos militares. Religiosos católicos, por exemplo, ao se ordenarem fazem votos de castidade, pobreza e obediência e, dentro dessa última, uma missão dada também deve ser entendida como missão cumprida, e não cabe àquele que a recebe questioná-la, discuti-la, tentar alterá-la ou fazer corpo mole. Como frisou Bolsonaro, uma missão recebida não se questiona, não se debate, se cumpre. Isso pode parecer muito radical. Aliás, não parece, é. A questão é que a radicalidade é uma coisa importante e, muitas vezes, sem ela, a nossa vida degringola e a gente fica pulando de galho em galho, desistindo das coisas ou achando tanto pelo em ovo que acabamos não cumprindo as coisas que devemos cumprir.
Claro, a vida de um civil e de um leigo é muito diferente da vida de um militar ou de um religioso, porém, a disciplina é essencial na vida de qualquer um. Chico Xavier, por exemplo, um ser humano excepcional, amado e respeitado por todos, mesmo por quem discorda da doutrina por ele professada, tinha por lema: “Disciplina, disciplina, disciplina”. Isso fez dele um líder natural, algo que ele nunca buscou, posto pelo qual ele nunca disputou, simplesmente aconteceu. Foi por impor-se uma disciplina rígida que ele escreveu mais de 400 livros e levou uma incontestável mensagem de amor a milhões de pessoas.
Quando o novo presidente teve a ousadia de, em rede nacional, convidar um pastor para fazer uma oração, antes de seu primeiro discurso como presidente eleito – o que foi criticado pelos ferrenhos defensores do Estado laico que demonstram ojeriza a qualquer manifestação religiosa – ele, sem dúvida deu a entender que acredita ter recebido de Deus a missão de reger esta nação tão imensa, tão importante e tão dilapidada. Mas, nem é preciso ir tão longe. Não importa se Deus deu a ele essa missão, importa que o próprio Bolsonaro deu essa missão a si. A trajetória que ele teve desde que decidiu se candidatar a Presidente da República, sendo taxado de louco, todas as polêmicas em que se envolveu, as pressões que recebeu, a exagerada interpretação negativa de muita coisa que falou, o atentado que sofreu, a dificuldade de estar há dois meses recluso, em tratamento, e com a humilhante situação de andar com uma bolsa de colostomia, nos mostra o que é ter pulso, garra, persistência, disciplina, direção, gostemos ou não gostemos dele.
Se ele conseguirá ou não ser um bom presidente, é algo que só o tempo dirá, mas, uma coisa é certa, começando como começou, enfrentando tudo o que enfrentou e chegando onde chegou, ele é um exemplo vivo de que nós podemos conseguir milagres quando temos determinação, foco, disciplina. Essa é uma lição que podemos e devemos levar para nossas vidas, para retomar o que foi abandonado, para consertar o que precisa ser consertado e para fazer um novo começo, encontrando a nossa missão ou dando a nós mesmos uma missão que faça valer a pena estar aqui, conscientes de que não é fácil, mas é necessário e possível.
Pode ser que a prática do Hino Nacional nas escolas, não aconteça, mas, já fico imensamente feliz pela maior contribuição dele a todas as pessoas: com seu jeito despachado, simples e direto, ele, finalmente, aponta o fim do politicamente correto, permitindo que as pessoas possam pensar por si e expressar seus pensamentos e sentimentos sem ter de parecer corretas, engajadas ou antenadas. Isso dá às pessoas o alívio de não precisar ficar sujeitas a ter de ser assim ou assado e poderem viver de acordo com suas crenças e seus pontos de vista. E isso se aplica a todos, a todas as divergências, a todas as escolhas. Somos todos irmãos. Irmãos enquanto seres humanos, irmãos enquanto brasileiros e isso é o que importa.
E, sem medo de incomodar ou de parecer inadequada, digo com todas as letras que, ainda que eu discorde de vários pontos do sr. Jair Messias, me enche de júbilo saber que durante quatro anos a expressão “Deus acima de todos” ecoará por esta nação, porque o Estado é laico, mas o Estado é formado por pessoas e quase cem por cento dessas pessoas são pessoas de fé, que andam na mesma direção. Enquanto nossos pés estão no chão, nossos olhos estão no alto. A vitória não foi apenas de Jair Bolsonaro, a vitória foi também de Deus, porque as pessoas voltam a estar autorizadas a amá-lo e a louvá-lo sem sentirem vergonha ou medo de fazer isso. A nossa luta, como disse o Apóstolo Paulo em sua carta aos efésios, “não é contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Esta é uma guerra da qual todos nós participamos, de um lado ou de outro. É uma guerra entre trevas e luz, entre bem e mal, não é de uns contra os outros, mas de todos nós juntos, para conquistar a paz.

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