Não dá mais para viver num conservadorismo de lousa e giz. A educação pede mudança mesmo não tendo tanta estrutura para acompanhar a si mesma. A tecnologia está batendo na porta da sala de aula há tempos. Se não deixarmo-la entrar, nós é quem sairemos. Não se pode mais negá-la. Todo professor sofreu para se adequar aos recursos que as redes oferecem. Muitos não conseguiram; outros fizeram um trabalho digno de aplausos. Nas muitas leituras que venho fazendo, há uma citação do escritor norte-americano Alvin Toffler que diz o seguinte: “O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. Nós professores nos encaixamos perfeitamente nesta fala. Vivemos do nosso conhecimento e devemos procurá-lo constantemente. Não podemos nos acomodar com a bagagem que construímos apenas no preparo das aulas. É preciso ir além.
O aluno de hoje já não é mais o mesmo de dez anos atrás e não será o mesmo depois desta pandemia. Os tempos mudaram radicalmente. É preciso aprender sempre, buscar melhorias, aprender e reaprender. Foi-se o tempo do professor como o único meio de transmitir conhecimento. As aulas invertidas estão mais explícitas como nunca.
Acabem com as fileiras, por favor! Aluno atrás de aluno já não cabe mais na pedagogia moderna. O professor, agora, é mediador e não o detector do conhecimento. As aulas precisam ser mais dinâmicas. É preciso trazer o mundo real para dentro da sala de aula. É preciso contextualizar tudo o que se diz. O professor deste século é um ser em constante transformação. Devemos nos transformar e ser um agente transformador. A tecnologia é uma grande aliada. Conseguimos provar que somos insubstituíveis, mas, ao mesmo tempo, precisamos acompanhar a evolução das ferramentas para ratificar a importância do nosso papel perante tantas transformações.
O professor do nosso tempo irá desaparecer. É nítido. A escola precisa ser mais democrática. A comunidade precisa caminhar ao lado do professor e da escola. O futuro chegou. Não dá mais para pensar em atraso, mesmo sendo um país atrasado no quesito educação. Ou sofremos a metamorfose, ou nos afundaremos numa velha opinião que já não é mais condizente com o mundo moderno. Ou a gente entra na evolução, ou ela impedirá que evoluiremos como pessoa e, indubitavelmente, como profissional.