Ócios & Negócios

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CHÃO DE FÁBRICA
No início do ano 1940, Monte Alto trocava lentamente a sua principal atividade econômica, saia da agricultura e entrava na era industrial. O trabalhador local mudava de ferramenta, deixava a enxada na roça e entrava no portão da fábrica com chave na mão. Roçar tiririca não tinha mais prioridade, valia bater o cartão de ponto, no qual a profissão era sempre a mesma: operário.
Trabalhar na indústria era o orgulho do nosso local, a carteira profissional e a hora extra mostravam o valor da nova mão de obra. Com o crescimento do proletariado, Monte Alto podia reivindicar as benesses de uma indústria forte. Entre elas o fornecimento de alimentos através de cooperativa (Sesi) e uma educação diferenciada para os filhos, nascidos na roça e “perdidos” na cidade, onde tinha sorvete, cinema, padaria, armazém de secos e molhados, as vendas.
Assim surgiu, por força de lei e benefício social, o armazém do Sesi, que logo se tornou supermercado, e a esperada escola do Sesi. A primeira, por falta de instalação começou em local alugado, ganhando o nome de SESINHA (Pequena escola do Sesi), ficava na Rua Jeremias de Paula Eduardo, onde agora é uma loja, meio quarteirão distante de onde seria o saudoso Monte Alto Clube, morto por ação terrorista social. O fim da Sesinha aconteceu com a inauguração do Grupo Jeremias. Pro erro de interpretação muitos chamavam a Sesinha de Sedinha, pequena sede escolar.
O parque industrial de Monte Alto ganhou fama estadual, muitos se mudaram para a cidade para trabalhar nas fábricas. A falta de mão de obra obrigava as empresas a contratar operários sem qualificação, que recebiam treinamentos “in loco” e logo recebiam promoções, que os deixavam orgulhosos, como chefe do setor, gerente de produção e outros, gerando uma concorrência entre os contratados, sadia por sinal, porque a produção ganhava. Muitos gerentes de fábricas se projetaram socialmente na cidade, tendo condições, devido ao bom salário, de enviar para as cidades grandes seus filhos para estudar. Para os “estrangeiros” Monte Alto era uma cidade rica.
Quem visitava a cidade como vendedor de produtos de outras cidades e da capital naquela época mantinha uma tabela de preços por escrito e pasmem os senhores da cidade, para todos os municípios os preços eram padrão e no final havia uma tabelinha distinta – os preços para Monte Alto eram mais altos. Esse que vos fala como comerciante local, cansou de ver essa prática. Para eles também Monte Alto era a terra do frio, tinham sempre um agasalho a mais como reserva.

ESTEIRA
Com as industrias, os bancos abriram agências em Monte Alto. Os Bancos Bandeirantes e Comercial foram os pioneiros, os bancários das agências eram folclóricos e a sociedade local os tratavam como privilegiados, porque os salários do setor eram mais altos do que os da indústria e do comércio. Os gerentes das agências eram autoridades e respeitados socialmente. Tinham carta-branca nos meios sociais da cidade, assim como seus familiares. Muitos prosperaram e alguns caíram em desgraça devido à ganância do vil metal.
Era fácil obter vantagens ilícitas manipulando altas quantias monetárias, como poder gerencial. A modernidade impediu tal prática.

CHEQUE VISADO
Os gerentes bancários que agiam fora da linha eram minoria, porque o controle da matriz do banco, através dos fiscais eram rigorosos. Uma prática comum era a de cobrar propina do cliente para conceder empréstimo, que a cada dia se tornou mais rara e os gerentes se tornaram apenas coadjuvantes do sistema.
Um caso folclórico aconteceu com um gerente de um antigo banco. O cliente dizia a ele que duvidava dele para aprovar um empréstimo, até apostava que o empréstimo não seria aprovado. Ele topava a aposta e fechava o negócio: “você perdeu, vou conceder o dinheiro pedido”. (Aposta não era propina).

PARALELO
Na segunda guerra mundial, o comandante Tibets, dos EUA recebeu o plano de voo para bombardear com a bomba atômica a cidade japonesa de Hiroshima. Segundo os humoristas de Monte Alto, que não se identificam, ele errou a leitura da carta de tráfego e inverteu o destino do Enola Gay, sobrevoando o local contrário à rota original e passou sobre Monte Alto, pacata cidadezinha do oeste do estado de São Paulo, Brasil. Tibet ainda não havia percebido o erro, porém, ao avistar da sua cabine de comando, a CRAI, a Lanfredi, a Cestol, o Monte Alto Clube e a Tropical Alimentos avisou os tripulantes: “vamos embora, a Russia passou por aqui e detonou sua bomba atômica antes da gente – OK”.

TEMPOS IDOS
Nos anos 1960 quando havia alguma briga política em Monte Alto, em que as partes queriam que o grande público soubesse, sempre havia alguém que dava a clássica sugestão: leva para o Nadir! (Era o jornal Folha de Monte Alto, cujo nome era abreviado pelo do seu proprietário, Nadir Andrade, que raramente publicava as picuinhas do poder local).

PISTA DUPLA
Quando a Rodovia Washington Luís foi construída, com início na capital paulista e final em São José do Rio Preto, desde o começo tinham placas de sinalização modernas, indicando todos os acessos às cidades do trajeto da rodovia e com as saídas e distâncias. Nenhuma cidade ao longo da rodovia ficava sem a indicação para facilitar as saídas e acessos – nenhuma não! De São Paulo até Matão nenhuma placa indicava a saída para Monte Alto e no mesmo trajeto existiam várias indicando Taquaritinga e outras cidades menores, como São Lourenço do Turvo. Monte alto tinha sua primeira indicação de entrada logo depois de Taquaritinga. Naquela época o pessoal de Taquaritinga, desafeto político de Monte Alto, fazia piada, diziam que Monte Alto estava inundada pelo Rio Turvo.

Registrando

VISITA

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