PAÍS UNIVERSAL
O nosso Planeta não precisa de Estados, Reinos e Fronteiras, um Estado Unificado Mundial basta. Para quem gosta de sigla seria o EUM, com sede em uma ilha com habitantes representados por todas as raças humanas existentes na Terra. Todos sem ideologia, credo e religião, com a doutrina única do bem estar da humanidade. Como é necessário um governo para gerir o Estado, este seria formado por um Parlamento despolitizado com alternância de poder, mediante o voto secreto e universal.
O novo EUM seria o governo do Mundo exclusivo para a Terra, sem o caráter voltado para a exploração do Universo Sideral, antes de tudo a Terra tem que cuidar de si e dos seus habitantes humanos e outros dos três reinos.
A principal atividade do EUM deve ser a saúde do terrestre, porque o humano saudável cuida do Planeta, tornando-o melhor para sua existência. Não importa à terra e aos humanos, se existe o que conhecemos por vida em outros planetas e galáxias e não é necessária a exploração do Universo porque ele é infinito e o fator tempo impede a visita de terrestres a outros mundos. O que os terrestres fazem atualmente não é explorar outros mundos, eles é que exploram a gente, porque abandonamos o que somos para sermos o que suspostamente eles são.
Enfim, a Terra não precisa de humanos omissos quanto à sua existência e a sabedoria, ainda que parca, o Homem usa para crenças banais e superstições. Acredita em divindades, crê em civilizações supostamente existenciais, acredita em teses religiosas, aceita presságios sobre o futuro, acompanha horóscopo, cartas de tarô e toda realidade torna-se presunção. Resumo: se o ser humano não merece um planeta novo, um planeta novo merece outro humano!
VÍRUS
Fala-se muito na peste de 1.918, conhecida por gripe espanhola, mais grave ainda foi a peste negra de 1.494, que devastou a Europa. O nome peste surgiu com a doença e tornou-se um sinônimo de inferno e do pior que pode existir no ser humano. Até hoje a palavra é usada para identificar o sujeito com todos os defeitos morais. A peste era violenta que não matava o indivíduo de vez, os membros secavam sem a circulação sanguínea, ficavam negros como madeira queimada e caiam do corpo. Os médicos guardavam os membros soltos em caixas, esperando o resto do corpo morrer e assim tudo era enterrado junto, conforme exigência da Igreja, a cremação não era indicada porque acreditavam que a fumaça espalhava a peste pelo ar.
Comparando a peste negra com o coronavírus, este pega leve!
PAISAGEM
Em 1.815, o pintor naturalista francês veio ao Brasil e comprou uma fazenda perto do Rio de Janeiro. Antes de tomar posse ele pintou um quadro para levar para a França e mostrar para a família. Iniciou um trabalho de exploração da natureza na fazenda e nos arredores, até forma do Rio ele trabalhou nas pinturas e na coleta de espécie de plantas, que nunca havia visto na Europa. Depois de 15 anos ele resolveu vender a fazenda e voltar ao seu país. Antes de vendê-la ele se posicionou no mesmo local que havia pintado o quadro original e ficou indignado coma paisagem que viu, metade da fazenda havia sido devastada para uso da madeira e queimada para o plantio de alimentos. Voltou para a França e escreveu três livros, dois sobre o que havia no Brasil e um sobre o que aconteceria no País, caso a exploração continuasse no mesmo ritmo. Não se sabe em que bairro do Rio está hoje a velha fazenda de Jean-Batiste Debret. Ele observou o estrago 205 anos antes.
RODOVIA
Originalmente a estrada que liga Monte Alto a Jaboticabal era municipal e sem asfalto. Em 1960 a rodovia tornou-se estadual e foi asfaltada. O contrato da DER com as duas cidades previa que uma turma iniciaria a obra em uma cidade e outra na vizinha, as duas se encontrariam no meio da obra.
Foi assim que se fez – menos por um detalhe: no encontro das turmas deu-se uma diferença de um metro e meio. Nada que as pás e enxadas não pudessem aprumar!
Quem contava essa história era o Clóvis Capalbo, da Livraria Acadêmica.
MODERNIDADE
Quando acontece nas ruas um acidente entre dois veículos, sempre é certo que um ou os dois condutores caiam no chão, se contorcendo de dor. Claro que o socorro acontece pelos populares, com os cuidados necessários recomendados pelos médicos, porque o socorro pode se tornar mais grave do que o acidente.
Chamo aqui a atenção dos médicos e do pessoal da saúde para que parem de ensinar o povo a tirar fotos com o celular, das vítimas e dos veículos. SOS digital!
TORNEIRA
Agora não, porém, Monte Alto sempre teve falta de água, menos para as empregadas e patroas lavarem as calçadas e aguarem as plantas. Também para os compadres lavarem os carros.
Em 1.962, com apenas a caixa de água baixa, a falta de água era muita, foi então construída a caixa suspensa, cuja altura era suficiente para abastecer a cidade toda pela lei da gravidade. A cidade cresceu e a velha caixa não subiu de altura e as bombas se tornaram necessárias, para que todas as senhoras lavem as calçadas.
Na construção da caixa suspensa, a empresa construtora teve que colocar um segurança no pé da escada de serviço. Sem ele os moleques queriam subir. Sem o guarda talvez o leitor não estivesse lendo esta coluna hoje, lá de cima eu não teria conseguido escrevê-la.
