JULINHO ARMADURA
Uma história são sempre três – a original, a versão e a versão da versão. Foge do axioma a biografia de Caio Julio Cesar, o sanguinário romano, ao qual o império deve os feitos e a fama. A idolatria de César foi tamanha que imperadores depois dele usaram seu nome como título do cargo e seu nome foi copiado em todos os povos latinos até hoje, nas três modalidades: Caio, Julio Cesar e Cesar. Julio também em menor escala. Sobre o imperador original tudo se escreveu, até sobre a preferência dele pelos soldados jovens, escolhidos a dedo para acompanhá-lo na tenda especial das legiões nas terras frias das províncias conquistadas. Cleópatra afirmou que tudo não passava de mal entendido, que os soldados na cama eram para ela. Julinho apenas participava vendo. Entenda-se uma tenda dessas!
As palavras latinas “caesio e caesura” significam cortar e marca de corte. Também se usa “caesô” como cirurgia cesariana, o local do corte original para retirar a criança. O nome de Cesar não se originou de uma cesariana, tampouco vice e versa. Antes de Julio Cesar o nome existia em locais diferentes de Roma, o romano da família Julio (esse era o nome de família) era nome comum, com ele tornou-se popular.
Ainda sobre o legado cesariano como título governamental, temos o Czar na Rússia, tendo Ivan, o Terrível, usado pela primeira vez. Na Tchecoslováquia havia o Caeser. Na Alemanha, o Kaeser e no Irá o Kani. Outros duraram pouco tempo, mas foram respeitados e temidos.
Todas as províncias romanas conquistadas por Cesar eram inimigas mortais entre si, com Roma ou sem Roma, seriam varridas da Terra, isso é que argumentava o general para degolar, decepar, mutilar, escravizar os vencidos, além de violentar as mulheres e assassinar as crianças, aprisionando-as para alimentar os cães nas viagens de volta à capital. Roma foi o império mais violento da história mundial, protagonizada por Nero, Caligula e sempre Julio Cesar.
DÉCADA 70
Um modismo ditado pela Rede Globo de TV circulou pelo país, foi a palavra com o sufixo ândia, que apareceu nas novelas, como nome de gente, animais e locais, como ruas, praças, e outros. As descendentes culturais de Boni & Cia, chamados de telespectadores começaram a copiar e inventar nomes semelhantes. Um deles, local de Monte Alto e algumas cidadelas da região foi a Frangolândia, para designar avícola.
Na capital paulista muita gente perguntava onde havia uma frangolândia. O paulista ria e seguia em frente para uma avícola.
VAGA LIVRE
Tem motorista com mania de reclamar para estacionar o carro. Isso é falta de pesquisar preço e lugar. Em Hong Kong, ao sul da China, um estacionamento foi vendido com duas vagas livres, dando lugar a dois carros e uma moto por 6 milhões de reais e mais 600 mil para ter direito a um vigilante 24 horas. O local é ao ar livre.
COLÍRIO
O estacionamento até que não foi caro, porque quem comprou pode ver as vagas. Na Itália, um escultor de Milão vendeu uma escultura invisível por 93 mil dólares. O comprador mandou entregar a obra em casa, ele garante que viu e adorou a peça, até agora ele e o autor viram a peça invisível. Ela é abstrata!
PLENÁRIO
O deputado estadual por Minas Gerais, Fellipe Athiê, no dia 17 de outubro de 2017 pediu a palavra para contestar a criação do Dia Estadual do Coach, apresentado pelo projeto de Lei nº 3697, entre outros em pauta. Depois de usar seu tempo para ironizar o pedido, declarou que o requerente realmente precisa de um Coach. Pediu licença para citar o autor e o partido. Era do PTB – Fellipe Athiê – ele próprio.
FRASE
“Quando compra e venda são reguladas por lei, a primeira coisa a ser comprada e vendida são os legisladores”. (P.J.O Rourke).
DUCOR
Em 1966, o ensino público ministrado pelo Estado nas escolas estaduais, municipais e federais eram fundamentais na educação nacional. O Estado era mais profundo em conhecimento, o professor ensinava mais e o aluno aprendia melhor. Havia os quatro anos primários e os quatro anos secundários (dependia do Estado o nome era outro). Depois o aluno fazia um curso preparatório ou de admissão, com duração do tempo de férias de fim de ano para ingressar no ginasial. Feito o ginasial ele optava pelo científico ou pelo clássico. No término desses estava apto para ingressar na faculdade pública e sair com o título de ensino superior. Todo o processo era grátis, porém, o custo era muito alto para manter o aluno todo esse tempo estudando e as famílias não conseguiam manter os cursos. Havia a partir disso o curso incompleto, não reconhecido, de várias profissões. Aconteciam muitos casos excepcionais que resultavam em meios médicos, meios advogados, e assim por diante, que exerciam as profissões com supervisão dos profissionais de carreira.
SACOLÃO
Uma senhora, ao ouvir, na fila do caixa do supermercado, dois homens conversando, um avisando o outro com ênfase nas palavras, que a bolsa havia caído, olhou rapidamente para o chão procurando a bolsa caída. Para o mercado popular exercido pelo povo, o movimento de papéis é como um zoológico, os animais são intocáveis.
