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DESINFELICIDADE
Todos ouvimos no linguajar do povo a expressão “desinfeliz” como identificação de uma pessoa que não é feliz. A expressão, além de contraditória porque quem é infeliz rotulado de desinfeliz é infeliz em dobro, fere o conceito de felicidade ou infelicidade, porque ambas as condições são amplas e temporárias, um infeliz hoje pode não sê-lo amanhã e vice-versa. Em tese, até porque sofre da doença mental conhecida como depressão, a rigor, tende a ser um infeliz, porém, não é rigorosamente assim, há o depressivo feliz com sua condição. Enfim, felicidade, infelicidade e “desinfelicidade” simplesmente não existem e como tal não fazem parte da conceituação moral humana. Uma expressão de alegria, o riso, muitas vezes é uma demonstração de tristeza, característica da infelicidade, suposta sempre, é claro.

O assunto ganhou espaço na coluna devido a uma informação obtida nos meios de comunicação sobre a inauguração de uma faculdade (isto mesmo: curso superior) de felicidade. Não registrei o local da instituição, mesmo que o tivesse não o repetiria no texto, não compactuando assim com uma divulgação. Fica no Brasil e poderia ser o único lugar para uma faculdade do tipo. Depois do curso de felicidade virá o doutorado, e fica a pergunta: onde o graduado em felicidade fará estágio?

Sobre a felicidade, Thomas Jefferson, uma figura contraditória na Carta da Independência dos EUA, em 1776, assinada por 56 signatários e usada como base para a constituição do país, por corrigir o texto sobre felicidade atribuída ao futuro Estado, que originalmente registrava que o cidadão tinha o direito por parte do Estado a ter felicidade. (Jefferson corrigiu: a Buscar a felicidade). A contradição não estava no texto da felicidade, estava na manutenção daquele que mantinha a escravidão oficial – Jefferson tinha nas suas terras 150 escravos, morava com uma concubina escrava com quem teve sete filhos, todos mantidos como escravos na condição social ainda que exercessem o escravismo. Ele morreu e a família permaneceu escrava. Era assim a felicidade de Jefferson, um dos maiores estadistas da América.

TÚNICA
O tratamento de um cardeal é eminência. Fora dos meios clericais o pronome foi usado na França e se tornando proverbial, passando à política. No reinado de Luiz XIV, que foi rei apoiado pelo Papa, que em troca exigiu que um religioso tomasse parte do governo. O escolhido foi o cardeal Richeleu, que passou a governar a França de fato. Os críticos do rei passaram a chamar o cardeal de “eminência parda” e depois a história universalizou a expressão, passando a referir-se como eminência parda todos os que governam por trás das aparências. No Brasil a expressão foi muito usada nas presidências da república, com destaque à filha de Vargas, Alzira Vargas, conselheira do pai em qualquer assunto de Estado.

BALANÇA
Em 1865 a Casa da Moeda dos EUA imprimiu uma nota de 5 dólares, com o mesmo valor de 5 gramas de prata. Bastava alguém precisar do metal que era reembolsado pelo governo em qualquer banco. A nota acabou na mão de colecionadores, ninguém mais foi trocá-la no sistema. Os 5 dólares em prata valiam menos do que o câmbio negro.

PROCESSO
Se alguém chamar um negro de vagabundo sofrerá um processo de injúria e difamação. Se acrescentar que negros são todos vagabundos, o processo será de racismo. O negro é apenas um exemplo, qualquer raça ou cor é crime igual. Pouca gente nota que o contrário também é crime, ou seja, quando um negro comete a mesma ofensa com um branco. Outros casos, como a discriminação racial, japonês, chinês italiano, o processo é idêntico. No Brasil, entre todas as raças, os negros são os mais discriminados, devido à escravidão, que os tornava inferiores.

ALCUNHA
Alguém já viu uma pessoa na rua chamar outra de brasileiro? Provavelmente não, a não ser algum imigrante cumprimentando um local. Eu já vi um imigrante português em um bar chamando o garçom de “o brasileiro”. (uma só vez e nunca mais).
O brasileiro perdeu a identidade porque na colonização e nos impérios, os europeus que vinham para cá ficavam nas Capitanias Hereditárias e recebiam o nome do local de parada. As capitanias deram o nome para muitos estados, então eram chamados de baianos, pernambucanos, paulistas, maranhenses, alagoanos, gaúchos e outros. Até hoje, nas ruas, os nomes ficaram e as pessoas são identificadas como cearenses, baianos, goianos, acreanos e outros.

PRINCESA
Depois da Abolição pela Lei Áurea, a princesa Isabel foi proclamada pelos ex-escravos de Santa. Muitos libertos faziam promessas e construíam capelas rústicas para louvá-la. Tudo chegava ao conhecimento dela através dos informantes interessados no seu possível futuro governo, que aconteceria com a abdicação do pai.
Isabel pretendia mais, queria ser nomeada pelo Papa como bispa primaz do Brasil, o que deixou os bispos preocupados, entrando em ação para barrar-lhe o plano. Também foi espalhado o boato, caso ela fosse rainha, que o governo seria exercido pelo francês Conde’Eu, seu marido. A política e a religião juntas colocaram Isabel fora do páreo e os republicanos, sem perder tempo, foram à ação na base da espada. A Princesa Isabel, cultuada pelos negros, passou a ser um perigo para a independência do país, que segundo boatos poderia voltar à posse de Portugal. Isabel realmente mostrava a todos que seu interesse estava na Igreja, exercia o carolismo sem dar satisfação ao parlamento, ficava o dia todo na Catedral de Petrópolis. Tal como acontece na política da nossa república, onde prevalece o jogo de interesse, no império também. Não havia idealismo ou patriotismo, ou seja, nada mudou.

Registrando

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