Ócios & Negócios

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GUERRA E PAZ
Até meados da década de 60, Monte Alto estava dividida em duas. Os moleques e adolescentes da chamada Cidade eram rivais e inimigos daqueles da Calábria. Quem ultrapassasse os limites era agredido sem piedade, a salvação era algum adulto por perto que evitava agressões mais graves. Algumas vezes, tanto lá como de cá, a briga era feia ao ponto de alguém ser levado ao hospital, ainda não havia pronto-socorro.
Como toda boa guerra, existiam os pontos neutros, locais onde reinava um pacto de não-agressão. Eram o grupo escolar (o nome agora é outro) Dr. Raul da Rocha Medeiros, durante as aulas apenas, do portão para fora voltava a batalha. A Igreja Matriz também era área de paz. O jardim do centro, aos sábados, e os cinemas, nos finais de semana, eram a Faixa de Gaza, todos ficavam atentos. A linha divisória era a rua José Luiz Franco da Rocha, cada lado com sua calçada. Outro ponto neutro era o campo de futebol, apenas nos dias de jogo.
Mesmo nas áreas de segurança ninguém se arriscava a circular sozinho, uma dupla dava a garantia, se possível a clássica turminha. Com o tempo, a molecada, ao crescer, acabava esquecendo a rivalidade, até porque tanto os de lá como os de cá chegavam à idade de trabalhar, naquele tempo com 12 anos era aceito no comércio.
Na guerra sempre aparece uma mulher, Helena em Tróia, Cleópatra em Roma e outras; por aqui, várias fizeram parte da rivalidade Cidade/Calábria. Uma lista foi deita das que poderiam ser namoradas, tanto um lado como outro poderiam namorar as meninas do lado oposto. A lista era feita com um critério: apenas as feias estavam à disposição.

CHAMINÉ
No início da Era Industrial na Inglaterra, o maior problema era a mão de obra. Os proletários eram camponeses recrutados para o trabalho industrial, sem treinamento, ingressavam nas fábricas apenas pelos salários, que sempre eram maiores do que no campo e sem risco. Os industriais tinham um sistema de treinamento, que dava resultado; porém, surgia o segundo problema, a moradia. Assim que acabava o turno, o operário seguia para sua casa no campo, muitas vezes a pé, o que criava um desgaste físico grande refletido nas faltas do dia seguinte.
Os industriais que visavam apenas lucros (agora mudou?), se viram obrigados a construir casas para o proletariado. Claro que não deram, descontavam dos salários aos poucos. Os que moravam em vilas industriais recebiam salário menor. O modelo inglês foi copiado pela Europa toda e pela América. As vilas operárias passaram a ser o diferencial nas empresas pela disputa de mão de obra.
Em Monte Alto, lá pelos anos 40, um industrial, Castro Ribeiro, juntamente com a fábrica Castro Ribeiro Agro Industrial, construiu uma vila de casas para os funcionários, ao que se sabe foram ele e alguns poucos a usarem o modelo britânico.
As casas foram demolidas recentemente. No museu local há algumas fotos.

PLEBE
Quando um governante ou candidato ao cargo, pregar como solução ao país, a realização de um plebiscito para que o povo tenha participação, ou de uma referendo para a concordância popular, é bom ligar o desconfiômetro; ambos tratam de um populismo de baixo nível. O povo não tem opinião própria e mesmo se a tivesse, não a divulgaria através de um sim ou não. O povo tem necessidades, tem carência de justiça, não quer participação no governo, exige seu direito no Estado, que é permanente – o governo é transitório. O plebiscito ou referendo quando é proposto pelo governo, tem como objetivo a fuga da responsabilidade. Nada mais fácil do que creditar a um plebiscito aquilo que não dá certo. Se é para o povo ter participação na culpa, faça-o ter mérito no sucesso.

LENTE
No sentido que tem hoje, o professor existe há dois séculos. Antes professor era aquele que professava uma fé ou crença. Era alguém que ministrava ensinamentos religiosos. Quem lecionava as matérias clássicas eram o mestre ou o lente.
As famílias ricas e as monarquias mantinham preceptores para o ensino e educação das crianças e jovens. Mesmo adultos, os herdeiros do trono recebiam aulas em domicílio. Em muitos países e reinados a rebeldia era castigada com palmatória, muitos futuros monarcas, apanharam ao serem educados para o cargo.

COLAÇÃO
Não existe no Brasil faculdade paga e gratuita. Todas são pagas, as públicas é paga pelo Estado, que é mantido pelo povo e as particulares pelos alunos e, sempre é bom destacar, pelo Estado através de subsídio e verbas educacionais.
A injustiça social debitada aos governantes e às falhas no Estado, também tem uma parte de culpa na sociedade. Uma universidade pública frequentada pela elite tem os cursos pagos com os impostos indiretos, que são os maiores no país, pagam esses impostos, entre outros, aquele catador de papelão na rua. Ele paga porque consome o que recebe com a reciclagem.
Um formando da universidade pública passa a exercer a profissão financiada pelo catador de papelão e imediatamente começa a cobrar pelos seus serviços daquele mesmo catador, caso ele necessite dos seus serviços de advogado, médico, dentista e outros. Como existem áreas carentes de determinados profissionais, seria ótimo se o Estado exigisse de cada formando um trabalho voluntário por um determinado tempo. Feito isso, com o diploma na mão, livre exercício profissional.

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