Punhos preguiçosos

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Tenho percebido, nesta volta às aulas presenciais, certa resistência por parte dos alunos em registar no caderno o conteúdo transcrito na lousa. Creio que seja mais um dos impactos advindos do período pandêmico em que vivemos. Outro fator que tenho observado é a questão da demora que se tem em anotar os tópicos transcritos no quadro branco. É preocupante pensar que estamos perdendo, também, os escribas. Num país que já possuiu um nível baixo de leitores, perder os escritores agravará ainda mais os índices da educação que assombra esta pátria há anos.

Percebe-se que o desinteresse em pegar a caneta para escrever surge no desinteresse em aprender remotamente. Como não havia certo controle para saber quem fazia ou não as atividades, muitos cadernos e apostilas ficaram em branco neste período em que os alunos ficaram fora da escola. Isto gerou um cômodo, devido à falta de controle que a escola/ professor tinha sobre determinado assunto abordado. Se não tinha como avaliar por que fazer? Presenciei muitos alunos que terminaram o ano letivo sem escrever uma única palavra em suas apostilas. Por mais que havia o desempenho do professor, a reciprocidade passava bem distante deste árduo trabalho do docente. Faltou, também, a velha parceria que tanto relutamos em conseguir: o apoio da família.

Muitos alunos me confessaram que, em certas matérias, a apostilas ficaram intactas. Aliás, muitas delas foram vendidas para alunos que desejavam estudar pelo material, devido à sua excelente qualidade. Infelizmente, prefere-se tirar foto da lousa, porque é mais fácil e não cansa os punhos. Esta é a nova realidade. Os escribas estão ficando escassos. Para reverter a situação, vão tempo e paciência da escola e do professor. As aulas de cinquenta minutos já não são mais suficientes para colocar este aluno na linha. Ele não lê e nem copia. Se o faz, faz de mau-gosto. Sua caligrafia tem sido horrenda. A falta da escrita na pandemia gerou punhos preguiçosos. Gerou crianças e adolescentes que aprenderam a menosprezar o papel e a caneta. Temo que lá na frente esta postura não se agrave ainda mais. A geração dos punhos preguiçosos começou. Com ela, o caos caligráfico, ortográfico e gramatical.

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