Gostamos de revisitar as coisas. Precisamos de datas, marcos, retrospectivas. E não há problema nenhum nisto. Desde que a reflexão resulte em ação.
Explico: não adianta revisitarmos qualquer situação que seja, boa ou ruim, se ressentir pelo que sofremos ou mesmo lamentar o que gostaríamos de ter feito, escolhido ou vivido diferente. Recordar é diferente de lamentar. É preciso agir.
A autorreflexão devia ser um exercício diário obrigatório. Porque é através deste processo que entendemos quem somos, o que sentimos e o que fazemos.
E só conscientes disto é que podemos escolher. Mudar ou não. Permanecer ou partir para outra. Olhar para trás ou se concentrar no caminho à frente.
A vida é um continuum. Ela só segue. Quem não acompanha este movimento, para. Não vive.
Estamos muito focados e preocupados com a vida alheia. E, mesmo sabendo que o que vemos, na maioria das vezes, não é a vida que se leva, não deixamos de nos comparar. E nesta comparação quase sempre perdemos.
E aí vivemos insatisfeitos, frustrados. Cansados. Insuficientes. E deixamos de valorizar o que somos e o que já conquistamos.
Então, o que eu desejo para mim e para todos nós – que a gente invista e desenvolva cada vez mais nossa saúde emocional para termos vida de qualidade e de verdade. Porque com saúde emocional é possível entender e evoluir em busca da nossa força interior.
Aquela que nos faz focar no que mais importa: o que está dentro. Que nos protege do olhar e do julgamento alheio. Que nos liberta da autocobrança excessiva, também.
Que nos ensina a separar e administrar o que é nosso e o que é do outro. Que nos permite entender que só entra o que permitimos que entre. Que só nos derruba o que acreditamos ter mais força do que nós.
Que o outro só tem a importância que atribuímos a ele. E somos nós quem decidimos isto. Quem sim, quem não. Quem as vezes, quem nunca.
E tudo isto é um processo, uma construção. Sim, não é fácil. E sim, é possível.
Feliz Natal! Feliz Recomeço! Feliz Saúde Emocional!